Atlético: ir a jogo em dia de fatalidade
Nélson Pinhão defrontou 1.º Dezembro no dia em que morreu um irmão
O guarda-redes Nélson Pinhão tem sido, nos últimos tempos, um dos esteios dos alcantarenses, e viveu uma situação muito complicada a 17 de dezembro de 2023, no dia em que soube da morte dum irmão mas, mesmo assim, quis defrontar o 1.º Dezembro. Porque terá tomado esta decisão em dia tão triste? «Por duas razões: porque estava muita coisa em causa e ouvi dizer que se não pontuássemos a equipa técnica, possivelmente iria embora e quis ajudar o grupo, principalmente o mister, porque foi ele que me trouxe para aqui. Além disso, sou muito frio e não estava com cabeça para ir para perto da minha família naquele momento. Achei que naquela altura não fazia sentido eu sair porque já não ia mudar nada, já tinha acontecido a fatalidade. Por isso, preferi ficar com o grupo», diz, com a tristeza a marcar-lhe a voz.
A amizade existente entre todos é para Nélson Pinhão um dos segredos do sucesso. « A base do êxito está na amizade, somos como família, porque trabalhamos como um todo e não cada um por si», adianta, ele que esteve para sair mas acabou por ficar na Tapadinha. «Na altura não chegámos a acordo, mas passados três semanas o mister Zorro ligou-me a dizer que não vinha um guarda-redes que ele desejavam, que me queria de novo e assim chegámos a acordo», recorda.
Pinhão tem disputado o lugar na baliza com Francisco Lemos, internacional sub-21 que está em Alcântara cedido pelo Estoril e o keeper, 30 anos, destaca que tem sido «uma boa luta». «Ainda é miúdo, precisa de ganhar experiência mas ser convocado para a Seleção sub-21 é sinal da sua qualidade», reflete.