Ataque do FC Porto com desafio aliciante

NACIONAL06.10.202407:30

Samu e companhia têm pela frente um SC Braga que na Liga ainda não sofreu golos fora da 'Pedreira'; poder de fogo dos dragões em casa é significativo

Se defensivamente, o FC Porto tem cavado alicerces para erguer uma autêntica muralha em casa, onde em quatro jogos para a Liga apenas sofreu um golo, apontado por Tomané, avançado, do Farense, o ataque não tem ficado atrás, com 11 golos marcados no Dragão.

Uma média de 3,6 golos por jogos que vai a exame frente a um SC Braga que fora da Pedreira ainda não sofreu qualquer tento no campeonato. É um apontamento singular, mas que pode explicar-se – sem retirar mérito aos guerreiros – pela valia dos adversários que defrontou: Boavista (0-1), Gil Vicente (0-0) e Nacional (0-3). Ainda assim, para Samu e companhia é um desafio aliciante poder quebrar esse registo do adversário, servindo essa solidez dos bracarenses também como aviso para os dragões.

Na Liga, Galeno é jogador mais influente no ataque portista, com cinco golos, seguido, de Samu e, curiosamente, de um jogador que tem perdido fulgor ultimamente: Iván Jaime. O médio espanhol soma dois tentos e duas assistências, com participação, portanto, em quatro golos dos azuis e brancos na principal competição nacional.

Contudo, quando se fala de finalização, golos e festa nas bancadas, o primeiro nome que vem à cabeça dos adeptos do FC Porto é Samu. É nele que estão depositadas as principais esperanças de quebrar esse ciclo defensivamente exemplar nos minhotos. Samu marcou por quatro vezes na Liga: ao Farense (2-1), Vitória de Guimarães (bisou/0-3) e Arouca (4-0). Só não marcou ao Sporting, na estreia absoluta com o emblema do dragão ao peito, jogo no qual foi utilizado nos últimos 17 minutos.

Juntando esses desafios aos da Liga Europa, com Bodo/Glimt e Man. United, Samu marca há cinco jogos consecutivos, sendo que frente aos red devils fez o segundo bis desde que está no FC Porto. Samu é, aos 20 anos, um caso raro nas ligas europeias: marca um golo a cada 53 minutos.

E marca com os mais diversos padrões de qualidade, de cabeça ou à bomba, como aconteceu no duelo contra o Man. United, sendo que em quase todas as situações não precisa de ter muito espaço para se tornar eficaz e tem a capacidade de ganhar os duelos físicos com o mais empenhado dos defesas adversários. Esta marca distintiva torna-o na arma predileta dos dragões, mas Galeno é também ele uma máquina goleadora bem oleada. O internacional brasileiro apontou cinco golos, três dos quais de grande penalidade - ao Gil Vicente, Santa Clara e Farense - e outros dois ao Arouca e Rio Ave.

A finalização na partida contra os vila-condenses entrou mesmo para a história do Dragão ao ter sido a mais rápida de sempre do recinto: bastaram 18 segundos e muita frieza para Galeno bater Jhonatan, guarda-redes do Rio Ave, depois de uma iniciativa de Iván Jaime. Poderá o SC Braga pôr em causa a segurança defensiva e o poder de fogo do FC Porto?