Assalto ao castelo em tempo de compensação (crónica)
Rodrigo Abascal e Nélson Oliveira disputam a bola. Imagem: Hugo Delgado/Lusa

V.Guimarães-Boavista, 2-2 Assalto ao castelo em tempo de compensação (crónica)

NACIONAL18:42

Apesar da vantagem de dois golos, o Vitória de Guimarães não resistiu à pressão final dos axadrezados, que empataram com dois penáltis convertidos por Reisinho, já nos descontos

Num primeiro tempo marcado pela chuva intensa e várias paragens no jogo, o Vitória de Guimarães dominou a posse de bola, embora sem criar muitas oportunidades claras de golo. Nélson Oliveira protagonizou as melhores chances para os vimaranenses, com dois cabeceamentos – um logo aos cinco minutos, facilmente defendido por César, e outro, aos 17, que saiu ao lado.

O golo que inaugurou o marcador surgiu na sequência de um canto cobrado por Tiago Silva. Mikel Villanueva cabeceou livre de marcação e Gustavo Silva aproveitou um ressalto resultante de um corte de Onyemaechi, para marcar o seu primeiro golo no campeonato. A reação do Boavista foi tímida até ao intervalo, limitando-se a algumas jogadas de bola parada, num período ainda interrompido por seis minutos devido a um choque entre Samu e Kaio César.

No início da segunda parte, a equipa da casa ampliou a vantagem com Gustavo Silva a bisar. Nélson Oliveira, isolado por um passe longo de Villanueva, contornou o guarda-redes e ofereceu o golo ao extremo brasileiro, que só teve de empurrar para o fundo das redes. A equipa da casa ainda esteve perto de fazer o terceiro golo, com César a negar um remate de Kaio César e, logo de seguida, Nélson Oliveira a rematar por cima da baliza.

Apesar de estar em desvantagem, o Boavista começou a reagir a partir dos 60 minutos, aproveitando erros do Vitória e mostrando maior dinâmica ofensiva, especialmente através de Onyemaechi e Reisinho, que entrou para dinamizar o meio-campo. Aos 62 minutos, Bozeník obrigou Bruno Varela a uma defesa apertada e, na recarga, Salvador Agra quase reduziu, mas a bola passou por cima.

A equipa visitante ainda viu um golo anulado, aos 83 minutos, após falta de Joel Silva sobre Bruno Gaspar, mas o Boavista manteve a pressão e foi recompensado com dois penáltis nos descontos. O primeiro, por mão de Manu Silva, foi convertido por Reisinho aos 90+5. Dez minutos depois, uma falta de Zé Carlos sobre Bozeník dentro da área resultou num segundo castigo máximo para os vitorianos, que Reisinho voltou a converter, empatando o jogo e levando os adeptos boavisteiros ao êxtase.