Artur Jorge: «Penáltis desgastam mais que os 90 minutos»
Foto: Miguel Nunes/ASF

Allianz Cup Artur Jorge: «Penáltis desgastam mais que os 90 minutos»

NACIONAL28.01.202400:15

Técnico revelou como viveu o momento após o final do tempo regulamentar; falou também dos festejos com a família

O SC Braga levantou a Taça da Liga pela terceira vez ao bater o Estoril no desempate em grandes penalidades e, após o apito final, Artur Jorge era um homem visivelmente emocionado.

«Senti um grande alívio, porque as coisas estavam difíceis, tivemos um jogo muito repartido, equipas equilibradas em muitos momentos do jogo. Os penáltis desgastam mais que os 90 minutos para mim, não há margem de erro, não podemos falhar. Felizmente treinámos, insistimos, os nossos homens marcaram todos, foi muito importante para criar desconforto no adversário e desequilíbrio emocional se possível», disse, sobre os momentos a seguir ao jogo.

Questionado sobre os seus olhos, se tinham marcas de emoção ou cansaço, Artur Jorge foi taxativo: «É emoção, cansaço também porque isto desgasta, mas nesta altura é a satisfação de conquistar um troféu, é para mim muito gratificante, estou extremamente contente por contribuir para a história do SC Braga.»

O técnico, que foi visto a olhar efusivamente para as bancadas no final do encontro, revelou quem procurava: «Estava à procura da minha mulher e dos meus filhos. Estavam cá todos hoje, mais o resto da família, a torcer, a sofrer e no fim a festejar também.»

Já na conferência de imprensa, o líder dos arsenalistas revelou como viveu o jogo e, em particular, as grandes penalidades: «Muito tenso, muito fechado em mim, a tentar perceber o que ia acontecer. Fico satisfeito porque trabalhámos e insistimos para preparar este momento, tivemos cinco jogadores com a frieza para fazer cinco golos, esperámos o erro do adversário e depois, naturalmente, é uma descarga emocional da tensão que vivemos não só nos 90 minutos mas particularmente nas penalidades, e festejar com os adeptos que tiveram aqui em grande número, deram-nos o apoio que precisamos em todos jogos para poder ter estes momentos de satisfação conjunta, e podermos ter esta comunhão, e hoje pela questão também que assim o obrigava [possibilidade de conquistar um troféu], de poder ter grande parte da minha família aqui, é mais um pretexto para poder festejar junto deles também, e compensá-los de alguma coisa que o futebol às vezes nos obriga a abdicar, e estes momentos fazem com que tudo valha a pena.»