Artur Jorge: «O Sporting é um adversário muito forte»
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Artur Jorge: «O Sporting é um adversário muito forte»

NACIONAL10.02.202413:08

Técnico do SC Braga projeta o desafio em Alvalade, marcado para este domingo

Na antevisão à deslocação do SC Braga a Alvalade, referente à 21.ª jornada da Liga, Artur Jorge perspetivou um encontro que considera exigente, diante de um Sporting «muito forte e muito bem orientado».

- Como é que antevê a partida diante do Sporting, que procura recuperar a liderança?

- «O Sporting é um adversário muito forte nesta altura, muito bem orientado, uma equipa que está extremamente motivada. Portanto, teremos de ser a nossa melhor versão para conseguimos ser competitivos, discutir o resultado, e tentar ganhar. De facto, esse é um dos objetivos que temos sempre, e este não fugirá à regra, sabendo sempre que temos um adversário de grande qualidade, de muita valia, não só individual mas também coletiva. Teremos de ser uma equipa, um SC Braga muito forte para poder contrariar este Sporting.»

- O SC Braga teve uma semana livre, acredito que preferisse o contrário, estar em competição, mas por outro lado, ter um Sporting que jogou a meia da semana pode ser um fator positivo para o Braga neste braço de ferro? 

- «Relativamente àquilo que é a densidade competitiva, não me tem trazido vantagens ou desvantagens, não me tenho agarrado muito a isso. É apenas a segunda semana completa que temos livre desde o início da temporada,. Não queríamos ter, é verdade, queríamos estar a competir na Taça de Portugal, mas tivemos. Não vejo que possa ser uma grande vantagem para nós, porque as equipas de topo, onde nós nos incluimos também, estão e estão preparadas para poder competir com esta diferença de poucos dias entre os jogos, portanto não, não vejo que possa ser para nós uma vantagem o Sporting ter jogado na passada quarta-feira.»

- A perda do Al Musrati acaba por ser menos dolorosa, por ter participado menos na equipa este ano?

- «Confesso que nesta altura não pensaria perdê-lo. Sabia que havia mercados ainda abertos, portanto havia essa possibilidade, porque era um jogador muito cobiçado. Reforçar que não vinha jogando, porque é um jogador que vinha de quase 3 meses de paragem por lesão. Quando voltou a estar disponível, voltou a competir nos últimos 2 jogos que teve connosco. Faz parte daquilo que é também eu aceitar aquilo que é o projeto que tenho aqui no SC Braga, que é a exigência máxima sempre, a ambição sempre, mas também a necessidade de vendermos ativos. De facto, acabámos por potenciar jogadores aqui dentro. Perdemos um jogador que não só eu queria, mas qualquer treinador queria ter, porque é um jogador de enorme valia, um jogador tremendamente valioso. Sei que nesta altura está ele contente, está o público contente também, o treinador nem por isso. Mas faz parte daquilo que é o desafio que eu enquanto treinador terei agora para preencher este espaço que acaba por ficar em vazio.»

- O Sporting é a melhor equipa do campeonato em casa, com 10 vitórias em 10 jogos. O SC Braga é a melhor equipa fora, tem mais pontos fora do que em casa,. O que é que estes dados lhe dizem para o jogo em Alvalade? 

- «São dados que nos podem, pelo menos, levar a pensar que vamos ter um bom espetáculo de futebol, porque temos duas equipas que procuram, de facto, a baliza adversária. Esses registos acentuam aquilo que é a tendência e a capacidade de cada uma das equipas, portanto, são apenas mais números estatísticos, que servem para que possamos ter um bom espetáculo, que é isso também que nós procuraremos dar a todos os adeptos.»

- Com as saídas de Al Musrati, André Horta e Castro, sente que a gestão poderia ter sido feita de outra forma?

- «Sobre a questão da gestão e sobre negócios, eu não falo, nem tenho que falar, porque sou apenas e só treinador, e nós temos uma gestão de um presidente que está cá há mais de 20 anos. Portanto, é a partir daí que as coisas se definem. Como disse, nesta altura, nós, e em relação ao mercado, houve uma posição que nós procurámos preencher e não foi possível, porque não conseguimos. Acabámos por, nesta fase final, perder o Al Musrati, porque é um negócio que agrada, não só ao clube, mas também ao jogador. Fica o treinador nas mãos com isso, mas, nesta altura, não creio que isso possa determinar a nossa abordagem, porque, é importante referir, nós temos muito para fazer até ao final da época, portanto, não estamos, de forma alguma, aqui com o que quer que seja, a diminuir a nossa ambição, a diminuir a nossa abordagem ao que falta da temporada, porque há muita coisa para ganhar. Há também ativos para valorizar, há classificações para disputar, e é com esse sentido que nós vamos tentar encarar todo este momento, e de hoje em diante, e acho que esta questão da resposta está mais ou menos explicada.»

Contratação de João Marques ao Estoril

«Eu tenho de ter muitas reservas sobre a questão do João Marques, porque sei que é um jogador que vai dar tudo ao Estoril, até ao final da temporada, mas é um jogador que é jovem, tem qualidade, é um jogador onde nós conseguimos, e quando conseguimos, entendam o que é, conseguimos chegar até ele, para conseguir fazer, desde já, uma contratação de um jogador que nos pode ajudar, em termos daquilo que possa ser a próxima temporada. Para podermos ter um jogador que ocupa uma posição mais intermédia, ou até um jogador que possa jogar nos corredores, e que pode ser um jogador, ou que será, esperemos nós, útil para aquilo que é o projeto SC Braga, no futuro próximo.»

- Que posição gostaria de ter visto reforçada no mercado?

- «Nesta altura não me parece ser relevante. Podia dizer-lhe, mas não é relevante, porque foi uma posição que considerámos que poderia ser reforçada. Não conseguimos passar para a frente, olhar em frente, porque já é passado.»

«Este mercado também é um mercado muito difícil, por isso mesmo, por valores que se praticam, pela questão dos jogadores poderem ou não sair, há sempre estas condicionantes que dificultam, a não ser que se tenha muito dinheiro, que se chegue lá e que se pare.»