Artur Jorge: «É uma derrota muito difícil de explicar»
Declarações do treinador do SC Braga no rescaldo do desaire pesado frente ao Qarabag (2-4)
Depois do desaire caseiro ante o Qarabag (2-4), que complicou as contas do apuramento do SC Braga para os oitavos de final da Liga Europa, Artur Jorge afirma, na flash interview à Sport TV, que o público «não merecia» uma derrota tão pesada, enaltecendo a atitude dos adeptos ao longo do jogo.
«É, de facto, uma derrota muito difícil de explicar. A verdade é que nós temos sentido alguma intranquilidade, com muita gente intranquilizada. A eliminatória está a meio. Acho que é o momento em que nós temos que, de uma forma profunda, refletir, naturalmente, para podermos juntar, não quebrar, acho que nesta altura é para nos juntarmos, e iremos ter esta abordagem no imediato. Depois deste jogo, em que perdemos e ficámos em desvantagem na eliminatória, sabemos que daqui a dois dias, três dias, estamos a competir, temos uma eliminatória para podermos disputar na próxima quinta-feira. Tem que ser este o espírito, e não estar a explicar o que é que quer que seja, porque é difícil de explicar e fazer mais do que aquilo que fizemos», sublinha.
Golo de João Moutinho abre a eliminatória?
«Não abre, porque não era este o resultado que queríamos, naturalmente. Agora é em curta distância, porque 3 a 0, por exemplo, será suficiente. É uma eliminatória muito difícil, ficou hoje muito difícil para nós, com muita responsabilidade nossa também.»
Sobre a revolta dos adeptos
«É preciso também pensar sobre isso, levamos algo para pensar para casa, depois de ver os adeptos tão revoltados com aquilo que se passou hoje aqui em Braga. A revolta será, em primeiro lugar, com o treinador, porque é sempre aquele que tem que dar a cara nestes momentos. Mas eu percebo claramente. Percebo a insatisfação, percebo a desilusão, a tristeza até. Só posso prometer que temos que trabalhar mais, fazer mais, para podermos, em vez de revolta, termos os adeptos connosco.»
Quebra depois da conquista da Taça da Liga
«É questão do tempo, o tempo daquilo que foi um tempo de festa há 15 dias. Hoje é um tempo de grande insatisfação, de contestação até. Esperemos que o tempo também seja para nós bom, para que em breve voltemos a estar aqui junto com os nossos adeptos, em sintonia, em comunhão, e a ganhar esse espírito que eu levo daqui hoje, ficando também, naturalmente, com a mesma mágoa que todos eles, porque não mereciam. E hoje aquilo que nós sentimos dos adeptos, em todos os momentos do jogo, e até termos sofrido o terceiro golo, foi de facto uma lição para nós, na forma como nos apoiaram, como nos puxaram, como nos empurraram, como tentaram fazer a parte deles, e fizeram-na sem dúvida, portanto, nós não tivemos a altura daquilo que nos deram.»