E. Amadora-Arouca, 2-1 Arouca quis ganhar cedo, Estrela quis ganhar tudo! (crónica)
Afastado o fantasma da goleada na Luz para a Taça (0-7), conjunto da Reboleira volta às vitórias com reviravolta. Visitantes marcaram aos 4' num golaço de livre, dominaram 1.ª parte, mas caíram na 2.ª
Depois de uma primeira parte de maior domínio do Arouca, marcada por golo madrugador logo aos 4’ – aliás, golaço!, de Jason, na marcação de livre direto (essa raridade), o Estrela resistiu até ao intervalo ao maior perigo visitante e, depois, surgiu com outra postura no segundo tempo, mudança de atitude, essa, que foi suficiente para, no espaço de dez minutos, entre os 58’ e os 68’, promover a reviravolta no resultado e conseguir importante vitória na luta pela permanência na Liga. Ao invés, os arouquenses continuam sem somar vitórias na era Vasco Seabra, técnico que, em cinco jogos, soma um empate e quatro derrotas.
Início de jogo muito interessante e quente, apesar da noite fria da Reboleira. O Arouca entrou com tudo, muito pressionante, intenso com e sem bola e colheu os frutos da ousadia logo aos 4 minutos, por conta de um golaço de livre, cobrado na perfeição por Jason e sem qualquer hipótese para Bruno Brígido.
Não se conteve o conjunto visitante e continuou em pressão alta, com o Estrela a mostrar dificuldades para travar a onda arouquense, algo que só começou a conseguir após 20 minutos, já bastente depois de Sylla quase ter feito o 2-0, num disparo potente e colocado, desta vez, porém, defendido espetacularmente pelo guardião da casa.
A equipa da Amadora foi equilibrando o jogo, todavia sem conseguir desenhar lances de verdadeiro perigo, ao contrário do Arouca que, sempre que impunha um bocado mais de velocidade ao seu jogo, surgia a causar calafrios na defesa estrelista.
Até que, aos 31’, eis os homens da casa a surgirem finalmente com algum perigo, num lance veloz desenhado por Kikas, que disparou na direção da área e rematou cruzado para a baliza, onde Tiago Esgaio surgiu a cortar em cima da linha – a jogada seria porém anulada por fora de jogo do avançado do Estrela.
O segundo tempo começou com um erro infantil do experiente Miguel Lopes que quase dava o 2-0 para o Arouca – Trezza, porém, estava com a mira desafinada. Foi uma espécie de toca a reunir para o Estrela, que muito por conta do irrequieto Kikas e do recém-entrado Rodrigo Pinho, ia mostrando que queria tudo.
Que queria o empate, primeiro – que surgiu num autogolo de Tiago Esgaio (58’), após cruzamento venenoso de Paulo Moreira – e, por fim, a vitória, que caiu pelo pé esquerdo de Rodrigo Pinho (68’), a encostar na sequência de livre em que o desvio estica-se e encosta com o pé esquerdo, na sequência de livre, em que o desvio de cabeça de Igor Jesus foi fundamental para o desfecho.
Até final, Arouca a correr contra o prejuízo, a tentar voltar ao jogo, mas a esbarrar num Estrela que, com coragem, sacrifício e muito suor, segurou a importante vitória até ao fim.