Gonzalo García quer atingir a meta dos 10 pontos nesta jornada e não se fia no ciclo negativo do adversário de hoje
É já com a complicada sequência de jogos para a Liga (SC Braga, Famalicão e Benfica) no horizonte que o Arouca joga, este sábado (15h30), frente ao Estoril, importante cartada para tentar confortar a posição na tabela classificativa e acautelar o futuro.
Subir de sete para 10 pontos é, neste cenário, meta preciosa que o treinador Gonzalo García pretende ver atingida pela sua equipa na visita à Amoreira, onde os lobos terão à espera um adversário à distância de apenas um ponto (6) e também ele ávido de vitórias.
Premissas delicadas de um duelo a que o treinador uruguaio atribui um grau de dificuldade elevado entre duas equipas em busca de melhor pontuação.
«O Estoril é uma equipa diferente das outras na maneira de jogar, de pressionar e de sair a partir de trás. Tem uma ideia de jogo diferente da de outras com as quais temos jogado. Tem velocidade nas alas, bons avançados e é uma equipa que tem qualidade. Vai ser um encontro interessante, difícil como todos os jogos, e em que teremos de estar bem. Não acho que seja uma equipa de futebol direto, o que tem de diferente é a organização. Espero um Estoril que vai dar tudo, tal como nós, para ganhar o jogo», previu Gonzalo García sobre a equipa conduzida pelo escocês Ian Cathro.
Um jogo a que, contudo, o treinador dos lobos retira pressão, apontando antes para os progressos da equipa e os objetivos a atingir no longo prazo.
Técnico estorilista considera que a eliminação da Taça de Portugal já foi ultrapassada pelo plantel; diz entender a contestação que o rodeia e reconhece que qualquer dia «pode ser o último» para um treinador
«Pessoalmente, não penso muito nas partidas seguintes [Braga, Famalicão, Benfica]. Não sei o que se vai passar nesses jogos. O que conta nesta altura é a forma como vamos encarar o adversário deste sábado, é a determinação para realizarmos um bom jogo e procurar vencer o Estoril. Mas, pressão maior do que a que existe noutros jogos, não. O campeonato é longo, o importante é como chegas ao final. Agora, para um treinador há sempre pressão, perder não é bom. A minha preocupação é que os jogadores estejam bem e confiantes», defendeu.
«É sempre importante pontuar, mas o que é relevante para mim é o processo da equipa, é a evolução que temos mostrado nas últimas semanas. Obviamente que quantos mais pontos somarmos mais acima estamos e melhor é a sensação. Continuando a trabalhar da forma como o temos feito, fazendo mais e melhores coisas, estou seguro de que ainda conquistaremos muitos pontos», projetou o técnico uruguaio.
Com apenas quatro golos marcados na Liga, os cinco apontados ao Maria da Fonte, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, foram um bom tónico para a equipa.
«Fazer golos seja em que competição for nunca é fácil, mesmo na Taça de Portugal frente a equipas de divisões inferiores. Os golos dão sempre confiança à equipa e aos seus autores. O importante é que a equipa chegue à área contrária e que consiga criar oportunidades de golo. Os jogadores têm qualidade e se continuarmos a gerar ocasiões para marcar, os golos acabarão por aparecer», referiu, sem desvendar que armas vai usar no ataque à baliza do Estoril, agora que tem disponível o grupo de pontas de lança — Yalcin, Henrique Araújo e Marozau.
«É bom ter boas dores de cabeça quando se trata de optar. Temos um plantel vasto e não é fácil compor a convocatória. Os jogadores são profissionais e sabem que têm de aplicar-se continuamente para estarem preparados para serem opção», concluiu.
Fora do jogo na Amoreira estarão os centrais Matias Rocha e Galovic e os médios Kouassi e Pablo Gozálbez, todos entregues ao departamento médico.