Armando Evangelista: «Ter pressão por termos feito 10 pontos em 5 jogos é ótimo»

Treinador do Famalicão reforça a sua satisfação pelo excelente arranque de época realizado pela sua equipa, pese embora os deslizes nas duas últimas jornadas; a ambição de todos os jogadores representarem o emblema famalicense e a motivação para o projeto do clube; antevê mais um teste difícil, agora diante do Moreirense, mas está crente no regresso às vitórias

A 6.ª jornada da Liga reserva ao Famalicão mais um dérbi minhoto (o terceiro consecutivo), sendo que desta feita o opositor será o Moreirense. O duelo entre vizinhos está agendado para as 20.30 horas deste sábado, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos.

Na projeção a este duelo, Armando Evangelista não teve problemas em assumir que antevê um embate complicado, até porque o Moreirense ainda não perdeu em casa na presente edição do Campeonato, mas o técnico dos famalicenses diz que a sua equipa está completamente preparada para inverter esse cenário. Esse e o registo histórico entre os dois clubes em jogos do principal escalão do futebol português realizados em Moreira de Cónegos, onde o Famalicão nunca venceu. Evangelista pega nesses dados para dar conta da vontade do seu grupo de trabalho em regressar aos triunfos, isto depois da derrota frente ao Vitória de Guimarães (1-2) e do empate com o Gil Vicente (1-1). Porque para trás, recorda, tinha ficado o melhor arranque de sempre da história do Famalicão. E essa responsabilidade é extremamente positiva, acrescenta.

«Estando na posição da tabela classificativa em que estamos e ter a pressão do nosso lado por termos feito 10 pontos em 5 jogos é ótimo. E é com essa pressão que eu quero que a equipa cresça e é com essa pressão que eles vão tornar-se jogadores à Famalicão. E é com essa pressão que os adeptos do Famalicão vão ficar, no final de cada jogo, vão ficar satisfeitos com a prestação que vamos tendo jogo após jogo. A pressão contrária, do fundo da tabela, de poucos pontos, é que é complicada. Temos 10 pontos em 5 pontos e penso que este é o caminho. Porque uma média de 2 pontos por jogo não me parece que seja desajustado àquilo que possam ser as pretensões do Famalicão. Por isso, é continuar nessa senda. Nos últimos dois jogos, tivemos um rendimento satisfatório. Em Guimarães fizemos um excelente jogo, em casa com o Gil Vicente não conseguimos ganhar, mas parece-me que pelo que construímos e pelo que fomos criando, acho que a vitória nos assentaria muito bem. É continuar desta forma e, tal como ontem dizia o Enea [Mihaj], e muito bem, é preciso ter esta fome de querer ganhar e de querer sempre cada vez mais. É essa exigência que pretendemos transmitir a este plantel jovem. Temos pela frente um adversário que é muito competitivo e que este ano ainda não perdeu em sua casa. Se a isso somarmos a história do Famalicão em casa do Moreirense, para lá vamos. Porque, para a Liga, o Famalicão nunca ganhou em Moreira de Cónegos. Nós queremos contrariar estes dois fatores que acabei de enumerar e para o fazermos teremos de continuar a ser exigentes, teremos de continuar a querer ganhar todos os jogos e teremos de continuar a evoluir. Porque o processo é mesmo assim, é evolutivo e não um processo estático. Estamos a integrar jogadores que chegaram ultimamente, dentro da estrutura, dos processos e dos comportamentos», analisou.

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Perante os factos, a receita para o dérbi de amanhã: «Moreirense? Vejo um adversário competente. É um adversário que tem um onze-base que já o transporta há algum tempo, é uma equipa que joga num estádio muito peculiar, pelo que tudo o que envolve este jogo é diferente. O Moreirense tem sido uma equipa muito competente em casa e nós queremos contrariar isto tudo e estamos preparados para isso. Sinto a minha equipa preparada para fazer um grande jogo e conquistar os três pontos.»

A terminar, Armando Evangelista voltou a sublinhar as ideias que estão na base do modelo do Famalicão e com as quais se identifica totalmente: «Sabemos qual é o nosso projeto, o nosso caminho e aquilo que o Famalicão pretende. A nós compete-nos fazer crescer estes jovens, em termos de maturidade, de resultados e da sua evolução futebolística. É um trabalho que a mim me deixa confortável e motivado. Ganhar e ver a equipa crescer deixa-me satisfeito e motivado, é algo com o qual eu me identifico.»