Lagoa-Famalicão, 0-2 Armando Evangelista sabia que «ia sofrer» e Roberto Alberto queria «retardar» o golo do Famalicão

Treinador do Famalicão enalteceu o caráter e a atitude dos seus jogadores e o do Lagoa afirmou que a estratégia passava por retardar o primeiro golo

O Famalicão carimbou a passagem à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, ao triunfar 2-0 em Lagoa, com dois golos do marroquino Zabiri. Armando Evangelista, treinador dos minhotos, elevou o caráter dos seus jogadores e Roberto Alberto, técnico do Lagoa, a organização dos algarvios para tentarem retardar o golo aos minhotos.

«Nós sabemos o carácter destes jogos e a importância que têm para os Lagoas do nosso país e sabíamos que íamos ter de sofrer, de correr, de ter paciência, porque acima de tudo estas equipas já trabalham bem e isso foi demonstrativo, o Lagoa esteve muito bem organizado cá atrás, com o bloco baixo a dar pouco espaço na profundidade, muitas vezes sem bola com uma linha de cinco para controlar a largura», afirmou Armando Evangelista.

«A verdade é que foi importante olhar para o Lagoa e respeitá-lo, porque sabíamos que ia ser difícil. Porque se olharmos para esta eliminatória da Taça, não houve jogos fáceis, mesmo com a diferença que existiu em alguns jogos. Estávamos cientes disso e daí a atitude e o caráter que tivemos na forma como encarámos este jogo» disse ainda o treinador do Famalicão.

Roberto Alberto, treinador do Lagoa, reconheceu que o Famalicão foi superior, e lamentou o erro que deu origem ao primeiro golo. «A estratégia passava por seremos organizados, conseguimos retardar ao máximo o golo do Famalicão, era esse o objetivo primário. Conseguimos fazê-lo, através da nossa organização defensiva, e depois explorar aqui e ali o contra-ataque», disse.

«Chegámos ao intervalo 0-0 com mérito. É também verdade que o Famalicão controlou, sabíamos que ia ser assim a história do jogo, mas, sim, faltou um bocadinho assim, porque sofremos um golo aos 78 minutos já quando refrescámos o meio campo. O prolongamento já pairava nas nossas cabeças e o golo surge num lance meio caricato: o central bate o pontapé de baliza e acabámos por sofrer o golo através desse erro. Esse erro prejudicou-nos e a equipa desligou um bocadinho. Acho que o Famalicão foi melhor equipa, mas estou muito orgulhoso do que os jogadores fizeram. Demos uma boa réplica», assinalou ainda.