Armando Evangelista: «Fizemos história no clube e queremos voltar a ganhar»
Técnico do emblema de Vila Nova está confiante na conquista dos três pontos no dérbi frente ao Gil Vicente. (Foto: Famalicão)

Armando Evangelista: «Fizemos história no clube e queremos voltar a ganhar»

NACIONAL13.09.202414:48

Treinador enfatiza o melhor arranque de sempre do Famalicão na Liga e diz que a equipa está preparada para reagir ao desaire da última jornada; duelo com o Gil Vicente é mais um dérbi do Minho e técnico quer essa paixão traduzida na conquista de mais três pontos; os elogios a Francisco Moura e a satisfação pela contratação do seu sucessor, Rafa Soares

As três vitórias nas primeiras três jornadas da Liga - Benfica (2-0), Estrela da Amadora (3-0) e Boavista (1-0) - significaram o melhor arranque de campeonato da história do Famalicão. Na jornada anterior, porém, surgiu o primeiro deslize, com a derrota diante do Vitória de Guimarães (1-2).

Seguiu-se a paragem competitiva, depois dos compromissos das seleções, sendo que, agora, no horizonte do emblema está novo dérbi minhoto, desta feita com a receção ao Gil Vicente.

E a pausa na Liga foi, para Armando Evangelista, um pau de dois bicos. Se, por um lado, o técnico gostaria de ter jogado logo após a derrota frente aos vimaranenses, por outro, estas duas semanas também permitiram outro tipo de trabalho.

«Sobre a paragem, é sempre benéfico quando temos espaço para sessões de treino aquisitivas. Poderia sê-lo mais se tivéssemos toda a gente aqui durante estas duas semanas. Não nos podemos esquecer que tivemos jogadores nas seleções, o que acaba sempre por condicionar aquilo que queremos fazer porque não passa a mensagem da mesma forma para toda a gente. No entanto, e por outro lado, também abre espaço e uma janela para darmos oportunidade a alguns jogadores dos sub-23 que puderam trabalhar connosco e de quem pudemos tirar algumas ilações. São jogadores que fazem parte do clube e de uma equipa que olhamos para ela pensando no futuro, nesse sentido, estes interregnos acabam sempre por ser benéficos. Por outro lado, e face ao último jogo que fizemos e até a alguma revolta que nós sentimos, eu e o balneário, porque acho que por aquilo que fizemos, merecíamos mais, um jogo logo de seguida, aproveitando essa tal revolta, poderia ser benéfico para nós. Mas, como é óbvio, e tendo de ter esta paragem, aproveitámo-la da melhor forma para continuar a evoluir dentro do processo que temos tido, melhorando determinados aspetos que são importantes para a evolução desta equipa», assumiu, na conferência de Imprensa desta sexta-feira.

Sobre o duelo com os gilistas, e apesar do respeito que o adversário lhe merece, Evangelista só tem um objetivo em mente: «É mais um dérbi, em que sabemos que os adeptos vivem estes jogos de forma diferente e isso aumenta-nos a responsabilidade. Acredito que vai ser um bom jogo, o Gil Vicente é uma boa equipa, com uma série de jogadores que jogam juntos há alguns anos, e será, com certeza, uma equipa ambiciosa a jogar em Famalicão. Mas é óbvio que nós queremos continuar a nossa caminhada. Fizemos história com três vitórias consecutivas, o último jogo não foi ao encontro daquilo que pretendíamos porque queríamos prolongar esse feito, mas a verdade é que queremos voltar a ganhar. Dentro das dificuldades que o próprio jogo nos vai causar, queremos ganhar os três pontos.»

Ausência do banco

Armando Evangelista foi expulso após o apito final do embate com o Vitória de Guimarães e, como tal, vai cumprir um jogo de suspensão. Mas nem o facto de não poder estar sentado no banco retira ponta de ambição ao técnico. Até porque, salienta, os seus adjuntos estão totalmente capacitados para desempenharem essas funções.

«A minha ausência do banco não vai ter reflexos. A preparação do jogo é feita durante a semana. Durante o jogo, uma coisa é eu gostar de estar lá e queria estar lá [no banco de suplentes], ao pé dos jogadores, porque para mim é importante e é o lugar onde eu me sinto confortável, mas a verdade é que tenho uma equipa técnica em quem confio plenamente e, como tal, eu não estar junto às quatro linhas não irá ter reflexo nenhum. A minha equipa técnica sabe aquilo que tem de fazer e, por isso, não me parece que seja um fator preponderante para o jogo», garantiu.

A finalizar, o técnico dos famalicenses foi também questionado sobre a saída de Francisco Moura, que rumou ao FC Porto, e sobre a contratação de Rafa Soares. E houve elogios para os dois: «A saída do [Francisco] Moura está colmatada com a chegada do Rafa [Soares]. Foi uma solução que encontrámos no mercado e que nos deixou satisfeitos. O Rafa não é um desconhecido para o futebol português, é um jogador com muita experiência, quer no nosso país, quer no estrangeiro, tem um trajeto nas seleções jovens, e acaba por ser um jogador que o mercado nos proporcionou contratar para colmatar a saída do Moura e estamos satisfeitos. Desejamos felicidades ao Moura, foi capitão, foi um elemento que sempre defendeu as cores do Famalicão com muito orgulho e desejo-lhe sorte, menos contra o Famalicão, como é óbvio. Mas, acima de tudo, dizer que estamos muito satisfeitos com a chegada do Rafa