Santa Clara «Aqui ninguém desiste!»

O treinador do Santa Clara, Jorge Simão, que ainda não venceu ao leme dos açorianos, lamentou o desaire da noite deste sábado (1-3) da formação de Ponta Delgada no Funchal, diante do Marítimo, em encontro da 22.ª jornada da Liga cumprido na cidade madeirense, mas garantiu que a formação micaelense não ‘atira a toalha’ na luta pela permanência.

Os micaelenses foram passados pelo rival direto nesta ronda, tendo caído da 16.ª e antepenúltima posição da tabela, com 15 pontos – lugar que dá acesso à disputa do ‘play off’ pela manutenção, a duas mãos, com o terceiro classificado da Liga 2 -, enquanto o Marítimo, que era 17.º, soma agora 16 pontos e é o 16.º e antepenúltimo classificado, em posição de ‘play off’, enquanto os açorianos estão em lugar de descida, o 17.º e penúltimo: 15 pontos.

Foi o 12.º jogo seguido do Santa Clara sem vencer na presente temporada, em três meses e meio: a última vitória aconteceu a 14 de novembro, na receção ao Estoril (3-1, 13.ª jornada da Liga), em Ponta Delgada. Desde então, na Liga o Santa Clara soma nove jornadas sem vencer, com sete derrotas e dois empates de rajada na Liga (mais um empate e duas derrotas na Taça da Liga), entre o consulado de Mário Silva, o anterior treinador, e, já com Jorge Simão – pegou na equipa em Portimão, à 16.ª jornada da Liga (0-0), e em sete jogos com o atual técnico os açorianos... ainda não venceram, somando dois empates e cinco derrotas.

«Enquanto treinador, assisti a 65 minutos de uma equipa competente nas suas ações: Marcámos o 1-0, já após desperdiçar ocasião claríssima, tivemos na segunda parte nova oportunidade para ampliar para 2-0. Vi durante 65 minutos uma equipa e jogadores com muito conforto no que faziam dentro do campo. Depois…. aconteceu o que deixa de ser previsível: já não fomos aquilo que tínhamos sido. A equipa acusou muito o autogolo [1-1, Boateng na própria baliza, aos 61’]», afirmou, no final do encontro no Funchal, o técnico do Santa Clara, Jorge Simão, em declarações à Sport TV.

«É missão do treinador fazer com que o que se viu em campo à equipa deixe de ser imprevisível. A minha função é que passem de 65 para 90 minutos previsíveis da equipa. Mal o jogo acabou, fui ao balneário falar com os jogadores. Fi-los sentir o momento. Temos toda a gente descrente no que estes jogadores podem vir a fazer neste campeonato! O que interessa são os 12 jogos pela frente na Liga e os pontos que temos de conquistar. Deste jogo, algo ficou claro: há uma luta a três pelo lugar de acesso ao ‘play off’ [Marítimo, Santa Clara e P. Ferreira, este último recebe o Boavista domingo, 18 horas, na 22.ª jornada]. A mensagem que deixei e reforcei é que ninguém desiste! Aqui, no Santa Clara, ninguém desiste!», concluiu Jorge Simão, determinado.