Rui Borges fala da importância de garantir a presença no play-off da UEFA Champions League
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Apuramento, ausência de Gyokeres e Simões... o ranhoso: tudo o que disse Rui Borges

INTERNACIONAL29.01.202523:49

Rui Borges comentou o empate caseiro a uma bola com o Bolonha, que valeu a passagem ao play-off da UEFA Champions League, revelando ainda novidades sobre a lesão de Debast

O Sporting esteve de fora do top-24 da UEFA Champions League, mas acabou por conseguir o mínimo, o empate caseira contra o Bolonha (1-1) e garantir o apuramento para o play-off, graças ao golo de Harder, assistido por João Simões. Rui Borges demonstrou-se muito satisfeito por essa passagem, apesar de admitir que não foi o melhor jogo dos leões.

- Pedia-lhe uma análise da partida e o que é significa para si a passagem à próxima fase da UEFA Champions League?

- Acima de tudo, para o clube representa muito. Pela sua grandeza, por tudo o que representa também a Liga dos Campeões, por ser o primeiro clube da Liga e passar aos play-offs. Por isso, feliz por cumprir um objetivo coletivo, feliz individualmente por conseguir um objetivo, se calhar até máximo daquilo que é a regra do treinador, em termos de competições, apenas e só isso. A capacidade de cumprir um objetivo e agora é focar muito rapidamente naquilo que será o campeonato e no próximo jogo.

Rui Borges fala da importância de garantir a presença no play-off da UEFA Champions League
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- Na relação àquilo que é a análise, foi um jogo difícil, sabíamos que ia ser um jogo difícil, um jogo muito mais do que se era bem jogado ou não... sabíamos que ia ser um jogo muito intenso, muita mobilidade. O único receio era se nós teríamos capacidade física para aguentar os 90 minutos no ritmo que o adversário leva ao jogo, porque o adversário leva o jogo por aí. De ser muito homem a homem o campo todo, tem que existir muita mobilidade, temos que ser muito fortes em duelos, pois claro, temos que ter a capacidade técnica de muitas vezes ir um para um, às vezes até de costas. Essa parte tivemos, em muitos momentos do jogo, faltou-nos se calhar na primeira parte, mais do que a segunda, e acabámos por empatar o jogo num momento desses, também de alguma forma estratégica. Também foi um bocadinho isso, manter o Simões e o Quenda se calhar depois para uma segunda parte, jogadores mais dinâmicos que tínhamos em campo em termos de profundidade. Era importante ter alguém para mexer no jogo nesse sentido, independentemente do resultado, e acabou por funcionar um bocadinho isso com a malta que entrou.

- Mas a primeira parte faltou-nos um bocadinho isso, ter mais mobilidade no ataque, principalmente na última linha do Bolonha, provocar essa profundidade, eles existiam e lidavam esses espaços em alguns momentos, e nós quando saímos numa combinação, num segundo momento, quem faz a primeira combinação já tem que atacar os espaços de profundidade, e ficámos muito pouco proactivos nesse sentido. Ao intervalo foi isso que falei, de resto, em termos táticos, saímos bem. Tentámos arriscarmos até em alguns momentos e saímos sob pressão, mas depois faltava ferir mais e empurrar o Bolonha mais para trás, porque numa equipa atlética que está daquele lado, o homem ao homem sente-se confortável a ir pressionar de frente e nós tínhamos que expor a correr para trás. A segunda partre foi um bocadinho mais nesse sentido, um bocadinho mais dinâmica, e acabámos por conseguir igualar nesse sentido o jogo.

- O Sporting chegou a esta fora da competição, pergunto se não sabe a pouco, tendo em conta o que a equipa produziu esta noite? E pergunto também se hoje ficou mais preocupado com a ausência de Gyokeres, daqui para a frente.

- Precisamos de todos, não só do Viktor. Precisamos do Pote, precisamos do Quaresma, precisamos de todos. O Harder fez muito e claro que todos eles são importantes, e o Viktor tem a sua importância, e não fugimos disso, é muito importante para o nosso coletivo, mas não está. Temos jogos com 11, dentro dos 11 que temos, dentro dos jogadores com níveis que temos, temos de ser competentes e ser competitivos. Não sabe a pouco, concretizámos e fizemos um objetivo. Temos aqui um acumular imenso de jogos, estamos na frente do campeonato, estamos na Taça de Portugal, perdemos a Taça da Liga nos penáltis, passámos à próxima fase da Liga dos Campeões. Acho que melhor era só ter ganhado a Taça da Liga.

Rui Borges, treinador do Sporting, analisa o empate com o Bolonha e consequente apuramento para o play-off da UEFA Champions League
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- A maior dificuldade que tem tido neste Sporting é a gestão do jogador? E se isso justifica um bocadinho esta exibição menos conseguida.

- Para mim não é menos conseguida, é um objetivo cumprido. Teríamos que causar mais situações de finalização, não fomos capazes, mas o resto... lá está. Transições, contra-ataques, perda de bolas nossas, era o único sentido de ataque deles, bolas de ataque à profundidade, o que nos faltava a nós, eles exageraram, provocaram sempre a profundidade e bolas paradas. Nós não fomos felizes num lance de bola parada, mas penso que não foi por aí. Claramente, e se calhar, às vezes a falta de um ataque à profundidade, ou mais vezes, em vez de atacar cinco vezes, o Geny, por exemplo, não atacar 5 vezes à profundidade, atacar 2... é parte pública. Parece que não, mas é, ele está lá, o cérebro se calhar até às vezes quer ir, mas o corpo não deixa. É difícil, quem está de fora, claramente nós sentimos em muitos jogadores, não digo sub-rendimento, mas não estão a 100%, e nestes jogos, como o de hoje, é difícil igualar esta intensidade. Acabámos por conseguir igualar, à nossa maneira, no nosso modo, e com precisar de um objetivo. O foco é estar dentro daquilo que é a próxima fase, o playoff, neste caso. Feliz por aquilo que a equipa tem dado, o gerir tem sido difícil, porque é lógico e eu não fujo a isso. Precisamos de todos bem e o acumular de jogos dita isso, e nós temos de estar preparados para isso. E acima de tudo, já disse várias vezes, sou muito positivo, agarro-me à malta que está, e a malta que estiver vai dar uma boa resposta.

Rui Borges fala da gestão da condição física do plantel do Sporting
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- O play-off é daqui a 15 dias, isso significa que o Sporting não vai ter descanso. Isso preocupa-o? E já tem alguma preferência, Atalanta ou Dortmund?

- Preferência não tenho, muito sinceramente não tenho. Engraçado... se tivessemos ganho, depois jogámos com Real Madrid ou Bayern, por isso, não sei o que é que era melhor (risos)... para libertar um bocado. De resto não me preocupa o acumulado de jogos no sentido de preocupação. Já disse que sou muito positivo e evito ao máximo ter coisas não positivas. Não procuro muito isso, não me preocupa. Agora, naquilo que é, para mim, enquanto treinador, lógico, equipa técnica, claro que queríamos ter mais tempo para impor ou para treinarmos e para estarmos melhor dentro daquilo que nós queremos para a equipa. É lógico que queria, se perguntaram é claro que queria ter esse tempo, mas quando vim, sabia que não ia ter. É bom sinal, é sinal que estamos na próxima fase da Liga de Campeões.

O apuramento para o play-off da UEFA Champions League implica um calendário sobrecarregado para o Sporting, mas Rui Borges não se importa, até porque já estava à espera de não ter tempo para isso
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- Agora resta-nos arranjar soluções para conseguir pô-los mais dentro ainda, cada vez mais dentro daquilo que nós queremos. E eles têm sido fantásticos. Nós sem treinos, eles têm sido a resposta para a coisa que nós pedimos. Soberbo, muito honestamente, muito sinceramente, não digo isto porque muitas coisas têm corrido bem. Tem tudo corrido bem, na nossa perspetiva. Não digo isto nesse sentido. Tenho a sorte de ter uns jogadores muito inteligentes, de agarrar um bocadinho naquilo que é ideias, naquilo que é acima de tudo o diálogo e a comunicação da parte da equipa técnica. E vão tentando fazer algumas coisas mesmo sem treino e isso deixa-nos feliz. Sentir que mesmo sem treinar, ou sem treinar tanto como queríamos e desejávamos, eles vão tentando e vemos algumas coisas. Agora claro que o tempo e o treino há outras. E eu queria ter isso, claro que queria, mas não tenho. É desfrutar da Liga de Campeões, focar no campeonato que bem ou mal, nem vamos sempre jogar bem. Temos ganhado, estamos onde queremos, em primeiro, que era esse o objetivo. E quando cheguei não éramos, por isso... todas estas coisas... lá está a parte positiva das coisas leva-me a acreditar nas coisas e esta paixão e essa parte positiva tento passar, de alguma forma, todos os dias. Para às vezes, de forma mental, não deixarmos o cansaço ganhar ao resto.

- Em que posição é que o Trincão pode ajudar mais na equipa, quando tiver todos disponíveis?

- Queria eu ter todos os jogadores disponíveis, para ter essas dores de cabeça (risos). Ele tem jogado bem nas duas posições. É um miúdo que tem as características de jogar de fora para dentro. Claramente, também o conhecimento que tenho dele é nesse sentido. O ele jogar em posições interiores, como um 10 ou como um médio ofensivo, eu já disse isso esta semana, no fim do jogo do Nacional. Ele a jogar a médio connosco é como se jogasse a extremo no Sporting do Ruben Amorim. Por isso, anda em zonas interiores. Agora, em alguns momentos andava por fora. Por isso, é um miúdo muito inteligente que tem uma capacidade técnica acima da média, é muito inteligente, acima da média. Sinto-me confortável a tê-lo em qualquer zona do campo, em qualquer posição da equipa, mas como ele há outros, por isso... sinto acima de tudo uma confiança enorme naquilo que ele pode dar à equipa, seja no que for.

Rui Borges fala do melhor posicionamento para o esquerdino
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- Como é que classifica a entrada de João Simões no jogo e a próxima semana vai ser a primeira em que não tem encontros a meio da semana. Vai optar por treinar todos os dias, antes do FC Porto?

- Não, treinar temos mais um dia, ou pelo menos dois, para treinar. Mas também tenho que dar um dia de folga aos rapazes, se não... a cabeça também precisa de respirar. Por isso, às vezes, é mais importante do que tudo o resto. É nesta perspetiva um bocadinho. Também não sabemos se o jogo será feito no sábado. É muito por aí. Se for sábado, temos mais um dia. É bom, nesse sentido, acrescentar algumas coisas. Trabalhar algumas coisas. Não é muito, queria ter mais semanas, nesse sentido. E só o acumular das semanas é que dá essa consistência de muitos comportamentos, mas, acima de tudo, é focar no Farense, uma equipa que precisa de pontos, que vem aqui no domingo dificultar-nos a vida, com um bloco médio baixo, em linha de cinco, mais ou menos linha de 4. O meu foco é muito aí, no próximo para conseguirmos manter o primeiro lugar e, acima de tudo, manter também a distância que trazemos para quem vem atrás.

- O Simões é dentro daquilo que eu tenho dito. É um miúdo com uma maturidade acima da média. Vai ter um futuro risonho, a mim não me surpreende nada, muito sinceramente. Acho que é um miúdo que também tem muita paixão, que às vezes é preciso o coletivo ter esse tipo de jogadores. Nós às vezes falamos do Pote, do Nuno Santos, são ranhosos em campo. A malta às vezes diz que são ranhosos, eu também dizia a jogar contra, mas são precisos esses jogadores, para passar o tal nervo, porque às vezes é preciso essa paixão e de forma diferente o Simões também tem isso. Essa paixão, esse querer, esse nervo, ligado àquilo que também é o Sporting. Por isso, é um miúdo que terá um futuro risonho, com 18 anos é um líder, muito comunicado, trabalhador, atento e está sempre pronto para ajudar naquilo que for.

Rui Borges fala da evolução do jovem médio do Sporting
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- Como está Debast? E pergunto também sobre um nome falado para o Sporting, Alisson Santos.

- Não vou falar de jogadores. Não vou estar aqui a comentar jogadores de outros clubes, por isso não me compete nesse sentido que esteja a falar sobre o que quer que seja sobre o miúdo. Em relação ao Debast, penso e acredito que não é nada de grave. Teve algumas queixas, não falei ainda muito bem [com ele], espero e oxalá que não esteja muito tempo parado (risos).