O Dortmund-Chelsea estava no minuto 62 e no segundo 22 quando um alívio de Raphael Guerreiro, no coração da área dos alemães, quando os ingleses tentavam, na sequência, chegar ao golo, colocou a bola à frente do jovem Karim Adeyemi. O avançado do Dortmund de pontapé de canto estava a 65 metros da baliza do Chelsea e à sua frente tinha apenas Enzo Fernández e, entre os postes, o guarda-redes Arrizabalaga. Adeyemi, nascido em Munique de pai nigeriano e mãe romena, pegou na bola deu-lhe 11 toques, fez o argentino ex-Benfica parecer um caracol (perdeu 15 metros!) e, à saída de Arrizabalaga, driblou-o e rematou de pé esquerdo: 9 segundos, 65 metros, 11 toques na bola, golo estratosférico de velocidade, controlo de bola e frieza. Karim Adeyemi, 21 anos, explicou assim a jogada: «A única coisa em que pensei foi que tinha de passar pelo Enzo. Então o guarda-redes apareceu e talvez eu tenha tido um pouco de sorte nessa altura, mas estou feliz com o golo, claro. Queríamos tornar o jogo difícil para o Chelsea desde o início e conseguimos.» Na zona mista, um jornalista da CBS Sports perguntou a Adeyemi que teria de mudar na sua dieta para igualar a sua velocidade. A resposta foi desconcertante: «Foufou da Nigéria [espécie de funge]. É muito bom. É um prato típico da África Ocidental, uma espécie de puré de banana, mandioca ou milho. Como muita comida africana e herdei a boa genética do meu pai, mas acho que é um pouco difícil para si ser mais rápido do que eu!» Jude Bellingham, brincando com o companheiro, acrescentou: «Foi apenas velocidade. Temos muita confiança nele, quando pega a bola em situações de um contra um. Não há muitos jogadores que possam detê-lo; por vezes quase voa.»
