O Manchester City parece ter encontrado o caminho para as vitórias. Na primeira parte ainda teve momentos em que deixou o West Ham dominar a partida, mas um início de segunda parte de luxo mostrou que o campeão ainda pode cumprir o objetivo possível nesta fase: chegar aos quatro primeiros lugares e a posição de jogar a Liga dos Campeões na próxima época. A primeira grande oportunidades do jogo é do West Ham, com Kudus a romper pela direita e a rematar à malhas laterais. Bem vincada a estratégia de Julen Lopetegui, a explorar a velocidade do internacional ganês. O Manchester City é nesta fase uma equipa mais confiante e não se deixou abalar com as ameaças do Wets Ham e chegou ao golo num lance em que Savinho rompeu pela esquerda e viu o cruzamento a ser desviado por Coufal. Autogolo. A ganhar cedo, a equipa de Guardiola foi empurrando o seu adversário para junto da área: Savinho começa agora a ter rendimento; no centro Bernardo Silva ia gerindo as jogadas de ataque e na direita só faltava o Phil Foden de outros tempos. Mas falta ainda a capacidade do campeão para controlar o jogo e na segunda metade da primeira parte a equipa de Lopetegui chegou com alguma facilidade a zonas de finalização, com Akanji e cometer demasiados erros e os atacantes do West Ham a conseguirem romper a defesa, principalmente Summerville e Kudus. Mesmo assim, o grande momento surge aos 38 minutos quando Rico Lewis remata fortíssimo para a defesa da tarde de Areola. Ameaçou e depois concretizou: cruzamento de Savinho para o segundo poste e golo de cabeça de Haaland, que andava muito desaparecido do encontro, mas não precisa de muitas oportunidades para marcar. Tudo muito mais calmo no início do segundo tempo, com o Manchester City a procurar ter bola e o West Ham a sair em contra-ataques e a procurar quase sempre Summerville, o mais perigoso entre os visitantes. Estava para chegar o descalabro. O campeão Manchester City encontrou o antídoto para a crise, que passa pela capacidade de Savinho fazer assistências e de Haaland de aparecer no sítio certo para marcar. Assim se chegou ao 3-0 e logo a seguir Phil Foden também marcava. Afundava-se o West Ham, que deixou de ter capacidade para chegar à área contrária e a sofrer a cada ataque do Manchester City. Ficaram várias boas notícias para Pep Guardiola: Em período de muitas lesões, repetiu finalmente um onze. E viu Savinho ser o desconcertante Savinho do Girona na época passada. E Haaland voltar a ser temível a finalizar. E, mais importante do que tudo, a ter um meio-campo capaz de gerir a vantagem e a saber colocar a bola nas costas de defesa para a poder aumentá-la. O único dado negativo foi não ter conseguido não sofrer golos pelo segundo jogo consecutivo. Este é o City que pode cumprir o objetivo possível para o que resta da temporada: terminar nos quatro primeiros lugares e não falhar a Liga dos Campeões na próxima época.
