Bracarenses apontam ao triunfo para colocarem pressão nos adversários que lutam pelo 3.º lugar da Liga; vizelenses precisam de pontos como de água para sobreviver, pois estão no último lugar; arsenalistas venceram sempre o Vizela a jogarem em casa.
O SC Braga recebe o Vizela, este sábado às 20.30 horas, na 30.ª jornada da Liga, quando estão numa batalha intensa pelo lugar no pódio neste campeonato. Enquanto, do outro lado, o Vizela ainda mantém as esperanças em permanecer no principal escalão do futebol nacional, mas para isso tem somar pontos com urgência, nestes cinco encontros que restam da temporada. Em Braga, o histórico indica que a equipa da casa tem um registo 100 por cento vitorioso, por isso a missão vizelense adivinha-se complicada, pois os arsenalistas também querem pressionar FC Porto e V. Guimarães, aproveitando o facto de jogarem um dia antes.
SC Braga
O SC Braga ganhou todos os oitos embates, com um total de 34 golos marcados e apenas três sofridos, nas receções ao Vizela. O histórico é totalmente favorável aos guerreiros, mesmo tendo em conta o panorama geral, pois em 16 encontros ganharam por 12 vezes, perderam somente em três ocasiões e apenas se registou um empate - sem golos em 1942/43. Dando continuidade ao que tem feito perante o seu público, o SC Braga permite pouquíssimos golos ao Vizela (só onze) no total.
Rui Duarte, técnico interino dos bracarenses, deve repetir o mesmo onze que defrontou o Estoril na ronda passada - triunfo por 1-0 -, de forma a manter a consistência, essencialmente, no processo defensivo que pretende implementar na equipa, nestes poucos jogos em que vai estar à frente da mesma.
O treinador, de 45 anos, regressou ao 4x2x3x1, com o qual os arsenalistas fizeram grande parte da temporada. Antes da saída para o Botafogo, no Brasil, Artur Jorge vinha utilizando um 4x4x2 clássico. Mas, essencialmente, devido à recuperação de lesão do capitão Ricardo Horta, Rui Duarte voltou à base, colocando o internacional português no vértice mais ofensivo do meio-campo - deixando Moutinho e Vítor Carvalho mais atrás - no apoio ao ponta-de-lança Simon Banza.
Figura:Ricardo Horta. O avançado português, de 29 anos, regressou de lesão e fez 90 minutos de qualidade no triunfo da última jornada (1-0 na visita ao reduto do Estoril). Totalmente recuperado, o internacional luso é, obviamente, um perigo à solta para as defesas adversárias e ainda está à procura de fazer mais golos, de forma a manter uma média elevada em todas as temporadas pelo SC Braga, sendo que também se vai aproximando do recorde de presenças.
O que disse Rui Duarte: “É claro para todos que o Vizela joga bem. Nos jogos que têm perdido, os adversários não têm ganho de forma fácil. É uma equipa com uma entidade bem vincada, principalmente com bola, que tenta atrair o adversário. Temos de ser rigorosos e com uma entrega muito grande.”
Treinador do SC Braga recusou aprofundar o assunto Roger Fernandes; técnico aponta ao objetivo bem claro, neste momento, que é o 3.º lugar; elogios para o Vizela.
Vizela
Como já referido, o Vizela nunca venceu ou sequer empatou no reduto dos arsenalistas, mas caso pretendam manter-se vivos na luta pela permanência no principal escalão do futebol nacional, os vizelenses têm de apontar para mudar a história. Com 21 pontos ocupam o último lugar da classificação, tendo o lugar de playoff a seis de distância (Portimonense com 27) e a salvação a sete pontos (E. Amadora e Gil Vicente com 28).
O Vizela vem numa sequência de quatro derrotas consecutivas, o que complica muito a vida do treinador Rúben de la Barrera, sendo que sofreram 12 golos nestas partidas, marcando somente três.
O técnico espanhol, de 39 anos, ainda tem alguns jogadores indisponíveis, sendo que pode apresentar um ataque diferente do habitual, mesmo que mantenha o 4x4x2 clássico que normalmente apresenta.
Figura:Samu. Um médio de enorme qualidade, mas também o capitão de equipa que nestes momentos, complicados, tem de puxar pelos companheiros, de forma a que o clube some pontos em todos os jogos. O jogador português, de 27 anos, tenta sempre controlar aquilo que a sua equipa tem de fazer com a bola, mas também demonstra uma capacidade física enorme para efetuar recuperações de bola na zona intermediária.
O que disse Rúben de la Barrera: “Não podemos contar com um número importante de jogadores, que nestes últimos tempos eram importantes, ou estavam a ser importantes para a equipa. Mas também falamos agora de responsabilidade, precisamos de ir para o estádio amanhã para defender o orgulho de cada um, que isto sim é verdadeiramente importante.”