Angola pode não ter dinheiro para os dois próximos jogos dos Palancas
José Carlos, vice-presidente da Federação Angolana de Futebol, diz que federação está a fazer das «tripas coração» para comparecer
Não está fácil a vida para a seleção de Angola, orientada pelo português Pedro Soares Gonçalves. A cinco dias de começarem a preparar os dois primeiros jogos de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2026 (16 de novembro em Cabo Verde e 20 de novembro nas Ilhas Maurícias), os palancas negras estão em risco de não comparecer.
José Carlos, vice-presidente da Federação Angolana de Futebol, foi claro em declarações ao Correio Kianda: «Para esta operação de qualificação para o Mundial 2026, a Federação está a engatinhar, está completamente coxa, estamos a fazer das tripas coração para podermos participar nessa dupla jornada». O órgão federativo não tem, segundo o vice, condições financeiras para cobrir as despesas destes dois jogos fora de Angola.
Em risco poderá estar também a participação de Angola na próxima Taça das Nações Africanas, que se realiza em janeiro de 2024, na Costa do Marfim. Os palancas negras estão inseridos no Grupo D, juntamente com Argélia (jogo a 15/01), Mauritânia (20/01) e Burkina Faso (23/01).
Pedro Soares Gonçalves convocou 24 jogadores para a dupla operação Cabo Verde-Ilhas Maurícias, entre os quais cinco que jogam em Portugal: o guarda-redes Kadu (Oliveira do Hospital), o defesa Kialonda Gaspar e o médio Manuel Keliano (os dois do E. Amadora) e os médios Domingos Andrade (Felgueiras) e Mário Balbúrdia (Mafra). Perante esta situação, alguns jogadores habitualmente chamados já preteriram a ida à Seleção de Angola, desfalcando os Palancas Negras nos dois primeiros jogos de qualificação para o Mundial 2026.