Amorim faz primeira 'vítima': «Estou pronto para um novo desafio»

Marcus Rashford deixa saída do Manchester United como forte possibilidade

A revolução de Ruben Amorim começou. Marcus Rashford, avançado dos red devils e uma das principais figuras do plantel, afirmou que a saída é uma possibilidade. Disse o jogador inglês, que ficou de fora do dérbi de Manchester por opção do técnico português, que está «pronto para um novo desafio».

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«Pessoalmente, estou pronto para um novo desafio e para os próximos passos», começou por dizer Rashford, que se dirigiu à escola primária de Button Lane, a que frequentou enquanto aluno, para distribuir 420 prendas de Natal. «Quando sair, vai ser sem ressentimentos. Não vão ouvir de mim comentários negativos sobre o Manchester United. É assim que sou enquanto pessoa», ressalvou o inglês, que, garantiu, comunicará aos adeptos qualquer decisão sobre eventual saída: «Sei que, se a situação está má, não vou fazer pior. Vi como outros jogadores saíram do clube no passado. Quando sair, vai haver um comunicado.»

Rashford também se mostrou desiludido por ter sido deixado de fora do encontro com o Manchester City, mas não pensa em desistir. «É uma pena ter ficado de fora do dérbi, mas aconteceu, vencemos, por isso, vamos seguir em frente. É desapontante, mas, à medida que fiquei mais velho, aprendi a lidar com as adversidades. O que é que vou fazer em relação a isso. Ficar quieto e reclamar. Ou então, fazer o meu melhor quando puder», explicou o jogador, que, diz, ainda não está no ponto mais alto da vida de futebolista: «Estou a meio da carreira. Não estou à espera de estar no pico agora. Tive nove anos de Premier League que me ensinaram muito. Ajudaram-me a crescer como jogador e como pessoa. Por isso, não tenho quaisquer arrependimentos dos últimos 10 anos. Vejo as coisas dia após dia, às vezes acontecem coisas boas, às vezes acontecem coisas más. Tento manter o equilíbrio. Se o melhor ainda está para vir? Totalmente. É essa a minha mentalidade.»

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Ruben Amorim implementou o sistema 3x4x2x1 no Manchester United, à semelhança do que acontecia no Sporting. Significa isto que avançados que, tal como Rashford, jogavam com a largura do terreno, podem ficar limitados. Mas, segundo o avançado inglês, há que ter «capacidade de adaptação»: «Tenho características que me permitem jogar nas três posições, à esquerda, como um 9 ou como um 10. Algumas posições são-me mais naturais, noutras tenho de fazer mais trabalho tático. O 10 que joga à esquerda é uma posição que me assenta bem, mas tenho de me adaptar. A melhor característica que se pode ter é a capacidade de adaptação. As pessoas podem não ver isso, mas já joguei em várias posições para todos os treinadores.»

Sobre objetivos futuros, diz o inglês que se sente entusiasmado pela ideia de disputar o Mundial 2026. «É jogar pelo teu país na melhor competição do Mundo. Tive a oportunidade de o fazer duas vezes [2018 e 2022] e é uma experiência inacreditável. Se tiver essa oportunidade, vou agarrá-la», disse. Será essa a grande ambição de Rashford? Uma aluna também colocou essa questão. «Ainda não cheguei ao meu objetivo», respondeu Rashford, que, logo a seguir, aprofundou. «Digam o que disserem sobre mim, tenho os meus sonhos. Já consegui uma parte deles. Mas não estou onde quero estar. O problema é que, quando chegas lá, cria-se outra coisa. É um ciclo que nunca pára. Não há bem uma meta final», concluiu.

Marcus Rashford estreou-se pelo Manchester United na temporada 2015/16, pelas mãos de Louis van Gaal. Pelos red devils, disputou 426 jogos e apontou 138 golos.