Treinador do Vitória menciona que saída de André Silva faz parte das leis do mercado e que tem total confiança nos jogadores que compõem o plantel; espera um Estoril à procura da vitória, antecipando um jogo complicado nesta 24.ª jornada da Liga.
Como analisa a saída do André Silva e se o Nélson Oliveira vai ser o ponta de lança de serviço para o que resta da temporada? Já foi contratado com este intuito?
- Não foi contratado na eventualidade de perdermos o André. A saída, são as leis do mercado, os jogadores têm demonstrado qualidade e despertam interesse em outros clubes. Não gostava de perder ninguém, como tenho dito sempre, mas estou em total sintonia com a direção e procuramos o melhor para o Vitória. Quando sai alguém querido temos tendência para nos unirmos. Agora, vai haver oportunidades para outros e confio, como venho dizendo, muito no meu plantel.
Vai defrontar o Estoril, clube pelo qual iniciou a presente temporada. Sente algum amargo de boca pela forma como saiu?
- Não, nada disso. É um clube pelo qual sinto carinho, pelos seus adeptos e por todos e com quem trabalhei também. Mas, amanhã são meus adversários e vão querer dar tudo para regressarem aos triunfos e nós temos de contrariar isso, sendo nós a ir à procura dos três pontos.
Adrian Butzke e Nélson Oliveira são agora os únicos pontas de lança disponíveis, mas não têm golos marcados esta época. Tem confiança de que podem fazer golos?
- Temos tendência de avaliar situações pontuais, ou seja, se fazem golo ou não. Para mim, o mais importante é o processo, a forma como trabalham e como têm evoluído. O Butzke e o Nélson dão-me toda a confiança para os jogos que aí vêm.
Esta venda de André Silva vem ao encontro das palavras do presidente que referiu que o clube tem de procurar o equilíbrio. Como vê esta situação?
- Temos de perceber que a importância do projeto e da saúde financeira é fulcral e temos de garantir isso. Estamos em sintonia, sei o que o presidente quer para o clube e para onde o clube tem de ir.
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Vão defrontar-se duas equipas que marcam muitos golos. Espera um jogo aberto?
- Sim, são duas equipas de cariz ofensivo forte. Duas equipas a quererem regressar às vitórias. O Estoril mete muitos jogadores no processo ofensivo e aproveita o jogo interior do Rafiq Guitane e do João Marques. Também faz acelerações pelos seus laterais e aproveita a profundidade dada pelo seu ponta de lança. É mais um desafio e uma oportunidade para sermos Vitória. Perceber o que temos de fazer, estando também atentos ao estado do tempo, pois se houver vento lá é complicado e o jogo é muito diferente. Tem de ser um Vitória audaz. Não ganhamos os três últimos jogos, mas podíamos ter ganho, jogamos para isso e isso tem a ver com a qualidade dos jogadores e da forma de jogar.
Sente alguma pressão adicional, pois viu o SC Braga afastar-se no 4.º lugar e o Moreirense a aproximar-se?
- Quem está nesta casa e quem conhece a atitude deste clube, sabe que joga sempre para ganhar. A pressão é somar mais três pontos. Perceber o que não correu pelo melhor nos últimos jogos e sermos equilibrados, mantermos a serenidade e a compostura em frente à baliza na hora da finalização.
Conhece a grande maioria do plantel do Estoril. Isto pode trazer-lhe alguma vantagem para este jogo?
- Não há vantagem, nem desvantagem. Há um conhecimento da qualidade dos jogadores do Estoril e se quisermos regressar aos triunfos temos de ser Vitória. São equipas diferentes, em momentos diferentes e que com certeza vão ambas à procura dos três pontos e vamos fazer tudo para sermos nós a trazê-los.