Álvaro Pacheco: «Os dérbis têm esse lado carismático, são jogos muito intensos»
Treinador do Vitória de Guimarães espera um jogo complicado e de exigência máxima na receção ao Famalicão, este sábado às 20.30 horas; técnico quer dar continuidade ao triunfo alcançado no Estoril.
O Vitória vem de um triunfo e o que tem de fazer para dar continuidade e se espera uma jogo parecido com o do Estoril?
- Parecido a nível da dificuldade, porque todos os jogos da primeira liga têm um grau de dificuldade elevado. Um adversário diferente, com um plantel jovem e de qualidade. Uma qualidade ofensiva muito particular, pelos jogadores que tem e pela forma como o seu treinador trabalha, pois coloca sempre o foco na parte ofensiva. Temos de ser Vitória, comprometidos e concentrados na nossa tarefa, naquilo que temos de fazer para ultrapassar esta equipa do Famalicão. Temos de fazer o nosso jogo, pois estamos outra vez perante os nossos adeptos e eles, como nós, queremos o triunfo.
O Famalicão tem estado algo inconstante esta temporada, mas trata-se de um dérbi. É sempre um jogo especial e de maior exigência?
- Aumenta o grau de dificuldade. Os dérbis têm esse lado carismático, são jogos muito intensos, duas equipas que lutam intensamente, não só pelos pontos, mas também pelas incidências de serem vizinhos. No início da temporada tinham com certeza os mesmos objetivos, mas o Famalicão tem estado mais inconstante. Mas, espero um adversário muito forte, pois com certeza que querem ganhar e nós temos de fazer o nosso trabalho para garantir os três pontos.
O que tem de fazer diferente para evitar sobressaltos, como tem acontecido nos últimos jogos?
- Os jogos têm todos alguma particularidade diferente que é o sentimento da equipa ao longo do seu jogo. No último estávamos a vencer por 3-0 e não fizemos o quarto, o adversário chegou ao 3-1 e ganhou outra força. Temos de perceber o sentido que o jogo está a ter, temos de nos manter tranquilos e em determinados momentos procurar soluções diferentes. Perante as situações, sermos capazes de as ultrapassar. Mas, quem segue a equipa, vê que está a crescer e a evoluir bastante.
Em que aspetos este Famalicão pode criar maiores dificuldades ao Vitória de Guimarães?
- É uma equipa que gosta de ser associativa que tem dois laterais muito ofensivos que gostam de dar profundidade. O Zaydou a trabalhar bem no meio-campo e o Cadiz que é a referência pelo meio, no ataque, e que é muito forte nos duelos, estando os outros jogadores prontos para as segundas bolas. Não podemos deixar espaço e temos de procurar ser fortes na primeira e na segunda bola. Temos de ter um jogo posicional muito forte, para aproveitar todo o espaço que nos possa ser concedido.
Com a ausência de Tomás Ribeiro, por castigo, tem confiança nas soluções que encontra no plantel?
- Villanueva está a regressar, está bem e pode ser uma solução. O Manu também é opção e não tenho dúvidas de que quem jogar vai dar garantias.
Nélson Oliveira foi titular e fez o seu primeiro golo, algo que o deixa satisfeito?
- Muito satisfeito com todos os jogadores e também com os jogadores da frente. O Nélson teve um jogo dentro daquilo que achamos que podia dar. Sabemos que ainda pode dar mais. Notou-se que ainda não aguentou a nível físico, mas está a adaptar-se ao ritmo do nosso futebol. Acredito que amanhã já possa estar melhor fisicamente. O que quero é que se divirta e que procure voltar a demonstrar todo o seu potencial.
Mensagem para as mulheres neste Dia Internacional da Mulher:
- Beijinho a todas as mulheres, especialmente às da minha vida. O clube também está a preparar uma iniciativa para o jogo de amanhã e que possamos dar uma vitória a todas as vitorianas.