Dada a época de sucesso com o Botafogo, Artur Jorge, agora treinador do Al-Rayyan do Qatar, está atento aos seus antigos jogadores.O treinador português revelou que há jogadores do plantel do Botafogo que são alvos para o seu novo clube. «Temos intenção de fazer algumas alterações na equipa tendo em conta os jogadores estrangeiros que aqui estão. Os jogadores do Botafogo são alvos porque eu os adoro, gosto muito deles e daquilo que nós conquistámos juntos. Conheço-os muito bem, o seu valor futebolístico e caráter», disse Artur Jorge ao canal Alkass.«Não estou em condições de afirmar ou garantir que haverá propostas, só temos cinco vagas para estrangeiros, temos que ser criteriosos. Neste mercado ou no mercado de fim de temporada, aí sim teremos mais oportunidades de, quem sabe, trazermos os jogadores que conhecemos e queremos muito», referiu ainda, sendo que o Al-Rayyan tem nove jogadores estrangeiros.Artur Jorge voltou a destacar o quanto gostou do trabalho no Brasil: «O Botafogo ficou marcado na minha vida para sempre. É verdade que conquistámos títulos muito importantes, colocámos o nome na história por vencer a primeira Libertadores, voltamos a ganhar o Brasileirão quase 30 anos depois... Foi uma temporada extraordinária. Encontrei um grupo de pessoas, aquelas que trabalham dentro do clube, de uma humildade fora do comum, e um grupo de jogadores que era muito mais do que um bom grupo. Eram homens focados em títulos e fomos capazes, como uma verdadeira família.»E abordou a relação tremida que ficou com o dono do clube, John Textor. «Falou-se muito sobre essa tema, algumas coisas até erradas... Tudo que eu tenho é gratidão pelo Botafogo. Esse é o sentimento que vai prevalecer e ficar. Foi muito difícil tomar a decisão de sair, mas entendi que fechámos um ciclo de sucesso e conquista. Entendemos, e aí é uma visão minha e do clube. O que sempre falei com John Textor foi exatamente isso, seria muito muito difícil fazer exatamente o que fizemos e seria importante deixar aquilo eternizado. Ninguém ficou chateado com ninguém. A parte emocional é mais do torcedor, mas eu sinto amor pelo Botafogo. A decisão, por muito mais dura que seja, foi melhor para nós», explicou.