Adjunto da França explica porque é que final do Euro 2016 «não é uma má memória»
Derrota com Portugal foi, na ótica de Guy Stéphan, importante para conquistar o Mundial 2018
A dois dias do jogo com Portugal, Guy Stéphan, treinador-adjunto da França, foi o escolhido para a conferência de imprensa de Les Bleus. Nesse momento de interação com os jornalistas, surgiu uma questão sobre a final do Euro 2016, de boa memória para os portugueses e de má para gauleses. Porém, para Stéphan, tal não é o caso.
«Não é uma má memória para mim, porque penso que, se não tivéssemos perdido essa final, não tínhamos vencido o Mundial 2018», começou por dizer o nº2 da equipa técnica da França. «Ganhámos em parte porque aprendemos com os erros da meia-final e da final de 2016.»
Na mesma conferência de imprensa, foi confrontado com o curto caudal ofensivo gaulês: três golos em quatro jogos no Europeu, dois autogolos e uma grande penalidade. «É verdade que, coletivamente, podemos fazer melhor. Temos de marcar mais. Mas também há coisas boas. Tivemos mais posse de bola em todos os jogos. No último jogo, fizemos 19 remates, 14 dentro de área. Ou seja, trouxemos a bola para a área. Prefiro ver o copo meio cheio», afirmou, destacando ainda o poder defensivo dos franceses, que ainda só sofreram um golo, de penálti, frente à Polónia: «Temos uma defesa muito sólida. Assim que perdemos a bola, os jogadores recuperam. Ainda não sofremos nenhum golo em jogo corrido. Também há pontos positivos.»
As exibições de Kylian Mbappé e Antoine Griezmann também têm sido alvo de críticas. Sobre o avançado, agora no Real Madrid, Guy Stéphan lembrou que o jogador, que joga de máscara porque partiu o nariz no primeiro encontro do Euro, está condicionado, recordando ainda que «tem quase um golo por jogo» desde o Europeu passado, em 2021. Quanto a Griezmann, diz o adjunto que «não merece as críticas que recebeu», uma vez de se tratar de «um jogador que trouxe e vai continuar a trazer muito» à França.