Lazio Adeptos investigados por cânticos racistas (outra vez)

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) abriu, esta quarta-feira, uma investigação aos adeptos da Lazio, na sequência de suspeitas de estes terem entoado cânticos antissemitas antes do último jogo da Serie A, em Nápoles, que surgiram após vídeos partilhados nas redes sociais.

A esta investigação, junta-se outra em curso, baseada em suspeitas de cânticos racistas durante o referido encontro, dirigidos a Victor Osimhen, avançado nigeriano do Nápoles.

Esta temporada, também o central internacional francês Samuel Umtiti e o avançado zambiano Lameck Banda foram vítimas de cânticos racistas na receção do Lecce aos laziale, a 4 de janeiro, com o gaulês a abandonar o relvado em lágrimas na sequência do abuso racial protagonizado pelos adeptos visitantes.

Em 2019 ficou célebre o episódio registado no duelo com o Milan em que este grupo de adeptos exibiu faixas de apoio a Mussolini no exterior do estádio e apresentaram-se no estádio com bananas insufláveis gritando 'esta banana é para Bakayoko', um insulto racista dirigido ao médio rossonero, bem como imitação de som de macacos, visando o marfinense Franck Kessié.

Este histórico de demonstrações públicas de apoio ao nazismo, antissemitismo, ódio racial e xenofobia é antigo e deriva das ligações com o fascismo do ditador Benito Mussolini, ex-líder político italiano durante as épocas de 1930 e 1940 aliado de Adolf Hitler durante a 2.ª Guerra Mundial, através da antiga claque Irriducibili, extinta em 2020 e substituída pelos Ultras Lazio que tradicionalmente ocupam a bancada conhecida por Curva Nord, no Estádio Olímpico de Roma.