Adeptos do Rayo Vallecano queixam-se: «É uma vergonha, é como viver no século passado»

Rayo Vallecano é a única equipa da La Liga que não vende bilhetes via online. Adeptos, que apontam ainda o dedo para o estado degradado do estádio, começam a fazer fila na bilheteira às quatro da manhã

O Rayo Vallecano, de Miguel Crespo e Bebé, não atravessa um bom momento dentro de campo – venceu apenas um jogo nas últimas 14 jornadas da La Liga –, o que resultou na troca de treinador, com Ínigo Pérez a render Francisco Rodríguez. Ainda assim, fora de campo o cenário não é muito melhor. 

14 fevereiro 2024, 11:15

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A Marca aprofunda este sábado o tema, trazendo testemunhos de adeptos do clube espanhol que têm apontado o dedo à direção não só pelos resultados, mas também pelo mau estado do estádio e «quase abandono da loja oficial», que mais se parece com um «armazém com caixas espalhadas por todo o lado». O estado do exterior do estádio é igualmente grave, parecendo que não é limpo há meses.

«O estádio está a cair aos pedaços. Há muito tempo que não é melhorado. A última remodelação foram quatro portas que demoraram dois anos a ser colocadas», referiu um adepto, citado pela Marca. 

«O estádio está ao abandono e temos de construir um novo, mas em Vallecas. Não concordo em construir um fora de Madrid», apontou outro.

O Rayo Vallecano, que recebe o Real Madrid na 25.ª jornada da La Liga, é o único clube no primeiro escalão que não vende bilhetes via online: «É uma vergonha, é como viver no século passado. Quando o clube nos notificou no X que os ingressos iam estar à venda, três dias antes do jogo com o Real Madrid, viemos para aqui às quatro da manhã. Estamos aqui há sete horas.» O clube, por regra, costuma avisar da venda dos bilhetes… apenas um dia antes da partidas.

Na bilheteira trabalham apenas dois funcionários. «A fila anda muito devagar. Estamos à espera há cinco horas e vamos estar mais algumas», explicou um adepto que chegou ao estádio às cinco da manhã: «Quando lançaram os bilhetes para a época, ficámos aqui à espera a noite toda, acampámos na rua.»