Adán e a imagem entre «pai e filho»: tudo o que disse Amorim na antevisão ao Farense
Rúben Amorim (José Sena Goulão/LUSA)

Adán e a imagem entre «pai e filho»: tudo o que disse Amorim na antevisão ao Farense

NACIONAL02.03.202413:21

Leões voltam a jogar para o campeonato este domingo em Alvalade

Rúben Amorim esteve este sábado em conferência de antevisão ao jogo do Sporting com o Farense. A lesão de Adán e ainda o dérbi foram alguns dos temas mais falados.

Recorde tudo o que disse o treinador dos leões

Vai ser preciso um forte apoio e um Sporting a lutar por cada bola? Quais são as ausências?

«O Adán e o Inácio estão ausentes. O Adán teve uma lesão na coxa, num exercício a pontapear a bola e teve uma lesão muscular. O Inácio continua em tratamentos e o Trincão disse-me que está bem. Apesar de ter aquela cara de menino, é muito forte a resistir à dor e vai ser convocado. Está num momento muito bom. São duas ausências de peso, mas o Farense também as tem e teve jogadores a sair, isso cria algumas dificuldades a perceber o onze. Precisamos de apoio principalmente pela qualidade do Farense e do seu treinador, que é muito inteligente. Temos de lutar por cada bola porque eles são muito fortes na segunda bola. São das melhores equipas nas transições. O Rui Costa parece-me que também está fora, o Mattheus está castigado e também nos castigou bastante na bola parada, com a sua inteligência. Adaptámos a equipa a isso e estaremos preparados para um bom jogo.»

Qual é o peso que o clássico FC Porto-Benfica tem no plantel? A lesão do Adán tem impacto na renovação automática?

«Não muda nada, porque ainda pensamos recuperar o Adán para esta época. É uma lesão normal. Essas contas de renovações não entram neste momento porque temos um objetivo como equipa. Pensamos que temos de recuperar o Adán, precisamos dele para nos ajudar a conquistar os títulos. Queremos é ganhar o nosso jogo para depois irmos todos jantar descansadinhos e esperar o que tiver que acontecer. Não contamos com o jogo de Famalicão, mas a verdade é que só precisamos de ganhar os nossos jogos. Além disso, ainda vamos jogar contra as duas equipas que estão na frente. Estamos numa sequência muito difícil e só queremos assinar a nossa vitória. Depois, o que tiver que acontecer, vai acontecer.»

Farense já empatou com o Benfica, ganhou ao Sp. Braga, mas não vence há cinco jogos... Estão fragilizados? Qual é a previsão do tempo de paragem de Adán?

«Depende dos jogadores. Hoje já não há aquele tempo estipulado, depende da evolução deles. Prevejo uma paragem de alguns jogos porque foi muscular, mas não sei ao certo. O Farense, apesar de vir de uma sequência em que não está a ganhar, olhamos muito para o que eles fazem em campo. Criaram muito perigo em Braga, dificultaram o jogo. Este jogo tira alguma responsabilidade ao Farense e vão estar preparados. O que aconteceu no passado não interessa, as primeiras bolas vão ser importantes. O não deixar o Elves, o Belloumi, terem transições para criarem instabilidade na nossa equipa. A qualidade da equipa está lá.»

Entre Francisco Silva e Diogo Pinto, quem será o guarda-redes número dois? Imagem entre Coates e João Neves no dérbi... 

«Há coisas mais importantes [do que o futebol]. Durante o jogo, andámos picados, mas não deixa de ser saudável para o futebol ter graça. Assim que o árbitro apita, foi um bocadinho pai e filho, com a experiência do Coates e é uma fotografia que fica. O Diogo Pinto tem mais traquejo para ir para o banco, mas isso depois passa pelo Vital.»

Franco Israel está preparado para ser o número 1 e Sporting pode ir ao mercado buscar guarda-redes? Sendo o plantel curto, continua a dar garantias? 

«Dá. Até ao momento, tem dado. Sabemos é que vamos sofrer, que há momentos em que sentimos diferença porque há jogadores que não têm jogado tanto, e mesmo que a qualidade esteja lá a equipa vai sentir. St. Juste vai ter que entrar, Fresneda vai ter que começar a crescer mais na equipa... Paulinho sempre foi entrando, Trincão também é muito importante pela capacidade de jogar nos dois lados e pelo momento que está até porque nos dá mais opções para o Pote baixar. Sabemos que vamos sofrer aqui ou ali. Se não houver lesões, acho que temos a capacidade para gerir. Em relação ao Israel, vejo um rapaz com muita personalidade, e isso só lhe vai dar mais confiança. Em todos os jogos que fez esta época, demonstrou muita maturidade. Gostei muito do jogo de pés contra o Benfica, foi muito ágil a servir os colegas. Não teve assim grandes remates para defender. O golo que sofreu não tem responsabilidade, é um remate na cara dele. Está preparado para assumir a baliza. A lesão de Adán não é grave e vai ser recuperada o mais rapidamente possível.»

Trincão poderá ser já titular ou tem alguma limitação? No dérbi com o Benfica, vimos o Gyokeres a ir a passo já no final. Está na hora de descansar? 

«Há jogadores que não podem contar de início e o Gyokeres não está nesse caso. É uma opção para jogar de início. Vamos fazendo a gestão consoante as competições e o que achamos essencial. Há jogadores que têm de sofrer, outros nem tanto. Entra mais a capacidade de resistirem às lesões. O Inácio, mesmo recuperando 45 minutos no jogo antes, sentiu uma lesão muscular no outro. Vamos gerindo mais por esses fatores de risco e não tanto pelo cansaço. Viktor é um avançado que, às vezes, é o único que pode descansar um bocadinho numa recuperação defensiva. Vamos fazendo essa gestão, sabendo que Paulinho e o Trincão estão a voltar. Temos que vencer o jogo e Trincão é uma opção, até porque não teve uma paragem tão longa, não foi muscular e não tem limite de minutos. Vamos ver se será titular.»