Acusado de quatro crimes de corrupção, César Boaventura conhece sentença a 7 de fevereiro

Empresário julgado por três crimes de corrupção ativa e um de corrupção passiva, por alegadamente ter pedido a jogadores para influenciarem os resultados de encontros com o Benfica

César Boaventura, acusado de quatro crimes de corrupção, vai conhecer a sentença a 7 de fevereiro. O empresário é acusado pelo Ministério Público de três crimes de corrupção ativa e um de corrupção ativam por alegadamente ter pedido aos jogadores Marcelo, Cássio, Lion (à data do Rio Ave) e Salin (Marítimo) para influenciarem os resultados das partidas dos respetivos clubes contra o Benfica, a 24 de abril de 2016 e 8 de maio de 2016, respetivamente.

Refira-se que, esta sexta-feira, Lionn confirmou em tribunal ter sido aliciado pelo empresário César Boaventura para perder contra o Benfica. Trata-se do terceiro jogador a confirmar em tribunal ter recebido aliciamento, depois de Cássio e Marcelo, que falaram em propostas para ajudar o Benfica frente ao Rio Ave em abril de 2016.

26 janeiro 2024, 16:04

Lionn confirma aliciamento de Boaventura para perder com o Benfica

Terceiro jogador do Rio Ave a confirmar propostas para perder em tribunal

«Ele pediu para deixar o telemóvel no banco do passageiro do carro dele [e conversar fora do carro]. Disse que a proposta era de 80 mil euros em notas de 500 para fazer penálti e ser expulso durante o jogo», disse o jogador em tribunal, citado pelo jornal Público. 

O ex-jogador brasileiro, que deixou o Rio Ave em 2019 e ainda passou por Chaves, Famalicão, Trofense e Ferroviário já no Brasil, disse que a sua recusa fez a parada subir para 100 mil euros mais uma possível mudança para um clube de Espanha.

26 janeiro 2024, 18:20

«É ensurdecedor o silêncio em torno deste caso de corrupção»

Diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, comentou as revelações de Lionn, ex-Rio Ave, em relação ao aliciamento que César Boaventura lhe fez para cometer um penálti e ser expulso num jogo contra o Benfica

Por outro lado, Lionn não explicitou agora, ao contrário de depoimento prestado em 2018, se saberia que o dinheiro viria alegadamente da parte do então presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.