«Achava que ia ter um ataque cardíaco e que ia morrer»
Isi Palazón cumpre a sua quinta época ao serviço do Rayo Vallecano

«Achava que ia ter um ataque cardíaco e que ia morrer»

INTERNACIONAL13.12.202320:27

Avançado do Rayo Vallecano tornou públicos os problemas de saúde mental que o afetam desde o verão passado e reconheceu a importância da terapia nesse processo

Isi Palazón, avançado do Rayo Vallecano, concedeu uma entrevista ao podcast Vaya vaina e admitiu sofrer de problemas saúde mental e como esse diagnóstico tem condicionado a sua vida pessoal e profissional. 

O jogador, de 28 anos, admitiu que a pressão exercida em torno do seu desempenho desportivo na época passada foi-lhe bastante prejudicial em termos psicológicos e que foi na despedida de solteiro do seu colega de equipa José Angel Pozo que sentiu o sintoma mais forte: «No ano passado, por causa da pressão que tive, porque talvez tenha sido o boom na minha carreira, tive um verão estranho. Na despedida do Pozo, em Ibiza, não me sentia feliz. Eu estava cansado e minha cabeça doía. Pensei que ia ter um enfarte e que ai morrer. Nunca me tinha acontecido algo assim antes. Depois houve o casamento e contei aos meus colegas lá. A melhor coisa que fiz foi contar para minha família, meus colegas e entrar em contacto com um profissional. É a melhor decisão que já tomei na minha vida», reconheceu. 

Apesar de já estar em processo de tratamento, Isi contou que diante do Villarreal, já na presente época, teve outra crise e que chegou mesmo a pedir substituição por não conseguir permanecer em campo: «No jogo contra o Villarreal tive de pedir substituição porque estava-me a sentir péssimo. Não conseguia respirar em campo e pedi ao treinador para sair. Já no balneário, todos perguntaram o que se estava a passar e eu não conseguia responder. Quando vi a minha mulher e a minha família contei-lhe o que estava a acontecer e, embora eles não estivessem a entender no início, já estou muito melhor. Nesse aspeto, o balneário tem sido fundamental.»

O espanhol falou ainda da pressão que as redes sociais podem desempenhar no prejudicar da saúde mental de um atleta: «As pessoas podem não saber, mas podem afetar-nos em muitas coisas. Tu nunca sabes os problemas que os jogadores podem estar a passar para tu poderes colocar o que quiseres nas redes sociais. Quando és insultado, acaba por ser sempre um momento difícil para um jogador», concluiu. 

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