A resposta de Sérgio Conceição a Rui Moreira

Treinador não fugiu à questão, falou em oportunismo e deixou mensagem «aos verdadeiros adeptos do FC Porto, não aos pseudo-adeptos...»

De volta! Foi com um leve sorriso que Sérgio Conceição voltou a falar publicamente depois da expulsão na Supertaça, a recusa em sair e a muita tinta que correu sobre o tema. 37 dias depois da última aparição, não se furtou a temas, nem sequer às duríssimas críticas de que foi alvo por parte do autarca Rui Moreira.

«Isso é falar do futebol e não de futebol, mas não quero fugir a nada, [essas críticas] são do interesse nacional… Pelo respeito que a cidade a que ele preside, a cidade que tanto gosto, por esse respeito, não devo responder. Ao  vice-presidente do Conselho Superior... há pessoas adequadas para o efeito, o nosso presidente, o presidente do Conselho Superior, Lourenço Pinto. Ao adepto, aí já… Há muitos que terão crítica diferente, mais ou menos agressiva, mas oportunismo… acho que a forma e o conteúdo… acho mal, é enganador, porque o meu passado é indelével. Não se pode apagar, está lá», atirou, sem se deter:

«É inapagável, são 10 títulos, dos últimos 7, ganhei cinco, e nestes seis anos, entre receitas e gastos, há saldo positivo de mais de 600 milhões de euros. Agora têm de perceber que esta crítica… estamos sempre sujeitos, é normal, mas os adeptos do FC Porto, os verdadeiros, não os pseudo, têm de ver que estamos num ano difÍcil para o clube, foram anos sob alçada do fair play financeiro, mas associado a boas prestações na Europa, isso fez com que saíssemos desse fair play, que nos privou ano após ano de segurar os melhores jogadores e reforçar a equipa.»

Dirigiu-se, depois, aos adeptos portistas: «Têm de ser inteligentes para perceber que num ano eleitoral há muita gente a querer posicionar-se... A minha mensagem vai para o verdadeiro adepto, o que sofre, o que espera, o que acompanha ao sol, à chuva e ao vento: temos de estar juntos e unidos, se não, vai ser mais difícil», sublinhou, considerando que «quem veio criticar como foi, com o conteúdo que foi, não prestigiará a grandíssima instituição que é o FC Porto.»