Botafogo A reação de Luís Castro depois de quase ter sido atingido por objeto lançado das bancadas
Nervos à flor da pele no Estádio Luso-Brasileiro após o empate, sem golos, entre o Botafogo, de Luís Castro, e a Portuguesa, da primeira mão das meias-finais da Taça Rio. Os adeptos não esconderam a frustração com o resultado e o treinador português foi o principal visado, sendo que, por pouco, não foi atingido por um copo lançado das bancadas quando recolhia aos balneários.
«O futebol é feito de emoções, que geram sentimentos, palavras e atos. Não tenho de criticar ou elogiar, só fazer a minha reflexão. Sei bem o contexto em que estou inserido. Sei bem o que querem os jogadores, treinadores e jornalistas. Já fiz as minhas reflexões e entendo o contexto e o que me espera em cada jogo. (…) Acho que temos uma torcida boa, emotiva, que às vezes desespera e está no direito de o fazer», disse Luís Castro no final do encontro.
Sobre as notícias que apontam à saída do Botafogo: «A única coisa que me preocupa é a forma séria como me entrego ao trabalho. Tenho 50 anos de futebol. Há coisas que interessa circular para alimentar a máquina. (…) Há uma indústria do futebol, que não é só de jogadores e treinadores. O futebol felizmente é apreciado, muitas pessoas ficam entusiasmadas, outras desiludidas. Eu preocupo-me com a proposta que faço, de preparar bem o jogo.»
Sobre a alegada contestação no balneário: «Tem jogadores que vão gostar do treinador, ou não. (…) Não há unanimidade no trabalho. Às vezes falam que um jogador saiu com a cara mais fechada. Mas quantas vezes não acontece isso na própria família? O que me interessa é o dia a dia, e não tenho nada a apontar aos jogadores.»