Lille «A pressão é um privilégio»

O Lille, de Paulo Fonseca, joga hoje em Rijeka o encontro da segunda mão do play-off da Liga Conferência (vitória por 2-1em França há uma semana)  ainda abalado pela derrota pesada em Lorient (1-4), no último domingo, para a terceira jornada da Ligue 1.«É fechar a boca e ganhar jogos», o aviso do presidente Olivier Létang que quer uma resposta positiva já hoje na Croácia.  

Paulo Fonseca não se mostra preocupado. «É uma partida importante para nós. Os jogadores estão motivados. Não se devem influenciar pela derrota em Lorient. É um outro desafio, uma outra competição. Estamos preparados para defrontar o Rijeka», argumentou o técnico português, que espera um desempenho positivo da equipa.

«Trata-se, apenas, de mais um jogo, que vamos procurar ganhar. Temos de ser uma equipa equilibrada em todos os momentos do jogo. Quando vencemos não somos a melhor equipa do mundo da mesma maneira que quando perdemos não somos a pior equipa do mundo. Temos de aprender com os erros e  estamos a trabalhar para melhorar. Só pensamos no presente e no futuro», realçou Paulo Fonseca o qual, uma vez mais, elogiou a capacidade do defesa português Tiago Santos e companheiros de equipa.

«Não é uma derrota que vai abalar a confiança dos jogadores. Eles estão identificados com as dinâmicas da equipa. Aliás, já mostraram que são fortes mentalmente.  A época passada, conseguimos dar a volta a 12 resultados. Temos um grupo que tem a capacidade de nunca desistir», lembrou o técnico, que espera ainda uma boa reaçãodo central brasileiro Alexsandro, expulso no jogo contra o Nantes (1-1), o que o levou a falhar a partida de Lorient. «Já falei com o Alexsandro, que  reconheceu não ter efetuado um bom jogo.Ele é um central de qualidade, muito agressivo, muito rápido. Vamos recuperá-lo para este jogo. Ele está motivado,preparado e é um jogador importante para nós», reforçou Paulo Fonseca acerca do antigo central do Chaves.  

O treinador do Lille  não se mostra assustado com a eventual pressão que o jogo de hoje possa trazer.«A pressão na nossa profissão é um privilégio. Devemos pensar assim. Se não houver pressão é sinal de que algo vai mal. Se queremos jogar para ganhar e alcançar bons resultados é uma situação normal. Se não soubermos gerir a pressão nestes momentos, não estamos preparados para disputar esta competição», realçou.  

O técnico português de 50 anos  admitiu que o Lille está a trabalhar para contratar um avançado. «Não é fácil não só para nós mas para todas as equipas», esclareceu, revelando ainda que o avançado Alan Virginius (20 anos) será emprestado a outro clube para jogar com mais assiduidade.

 O jogo será dirigido pelo árbitro português Luís Godinho.