A oitava Bola de Ouro antes de o ser já o era

2023 seguiu-se a 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2021. «Haaland e Mbappé são duas bestas e ganharão nos próximos anos», disse Messi. «Diego, isto também é teu», acrescentou

O Theatre du Chatelet, bem no coração de Paris, recebeu esta segunda-feira a nata do futebol para que a revista France Football atribuísse a Bola de Ouro referente à época 2022/2023. Pela red carpet passaram diversos dos melhores futebolistas mundiais da atualidade e, às 21.30 horas portuguesas, ficou a saber-se aquilo que já alguns dias se sabia, embora de forma oficiosa: o argentino Lionel Messi, 35 anos, campeão do mundo no Catar e vencedor da liga francesa em 2022/2023, presente em 41 jogos do PSG com 21 golos e 20 assistências, é o Bola de Ouro, sucedendo ao francês Karim Benzema.

«Ganho este prémio graças a todos, sobretudo aos meus companheiros na seleção. Obrigado a todos os que votaram em mim. Esta Bola de Ouro é uma grande prenda para toda a Argentina. Não posso esquecer-me de Haaland nem de Mbappé, que tiveram um grande ano, espetacular, e que nos próximos anos ganharão, decerto, este prémio. São duas bestas futebolísticas e manterão uma luta muito bonita nos próximos anos», começou Messi por dizer, instantes depois de ter recebido o troféu das mãos do icónico David Beckham, cuja melhor classificação foi um segundo lugar em 1999.

30 outubro 2023, 22:35

Messi sem dúvidas: «Nos próximos anos, Haaland e Mbappé vão conquistar a Bola de Ouro»

Palavras do avançado argentino depois de ter conquistado o prémio pela oitava vez

Curiosamente, Messi recebeu a sua oitava Bola de Ouro no dia em que Diego Maradona completaria, se fosse vivo, 63 anos. O campeão do mundo de 2022 não esqueceu, na hora de receber o prémio, o campeão do mundo de 1986: «Não há melhor lugar para desejar-lhe um feliz aniversário, num espaço rodeado de gente que gostava dele e de futebol tanto quanto ele. Diego, isto também é teu. Partilho-o contigo e com toda a Argentina».

Quatro das Bolas de Ouro de Messi (2009, 2019, 2021 e 2023) foram atribuídas em exclusivo pela France Football e mais quatro em conjunto com a FIFA (2010, 2011, 2012 e 2015), o chamado FIFA Ballon d’Or.

Messi, Álvarez e os Martínez

Argentina e França, finalistas do Mundial do Catar, tiveram o maior número de presenças nos 30 finalistas: quatro argentinos (Messi, Álvarez, Emiliano Martínez e Lautaro Martínez) e quatro franceses (Mbappé, Benzema, Griezmann e Muani). Segue-se Inglaterra com três (Bellingham, Kane e Saka) e mais quatro países, entre os quais Portugal (Bernardo Silva em 8.º e Rúben Dias em 30.º), com dois. O médio português do Manchester City torna-se o quarto português a estar mais de uma vez entre os 10 melhores do mundo, após Eusébio, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.

Seis jogadores do City

Relativamente aos clubes que os 30 finalistas representavam na época 2022/2023, que é o período que interessa na votação, o Manchester City tem seis jogadores (Haaland, De Bruyne, Rodri, Julian Álvarez, Bernardo Silva e Rúben Dias), seguido por três do Inter (Lautaro Martinez, Onana e Barella), três do Nápoles (Kim Min-jae, Kvaratskhelia e Osimhen) e três do Real Madrid (Vinícius, Modric e Benzema).

Inglaterra é a mais forte

A Premier League é o campeonato mais representado com 11 jogadores, contra sete da La Liga, seis da Serie A, quatro da Bundesliga e dois da Ligue 1. Nenhum jogador de fora da Europa estava nomeado.