A luta até ao último segundo, os assobios dos adeptos e o que não se vê na Europa, tudo o que disse Schmidt após o jogo com o Toulouse
Roger Schmidt e Carles Martínez antes do início do Benfica-Toulouse. Foto: D. R.

A luta até ao último segundo, os assobios dos adeptos e o que não se vê na Europa, tudo o que disse Schmidt após o jogo com o Toulouse

INTERNACIONAL15.02.202423:05

Treinador do Benfica, satisfeito com o triunfo, reage à insatisfação das bancadas

- Qual a sua análise à vitória sobre o Toulouse?
- Precisámos de algum tempo para encontrar a ligação certa ao jogo. Na primeira parte poderíamos ter feito um pouco melhor no que diz respeito à velocidade do jogo, intensidade com e sem bola, mas, mesmo assim, ainda na primeira parte, criámos oportunidades muito boas para marcar. O Toulouse teve sempre muitos jogadores atrás, procurou os contra-ataques, mas também mostrou qualidade. Não é fácil, porque temos de correr mais riscos. É por isso que o jogo foi difícil. Procurámos conseguir um bom resultado para a segunda mão, cometemos um erro no golo do Toulouse, na única oportunidade que criou. Mas, em resumo, a equipa teve a mentalidade certa e lutou até ao último segundo. Marcámos em dois penáltis claros, poderíamos ter feito mais golose uma vitória é sempre bom. Sabemos que adversário vamos enfrentar e que não será fácil na segunda mão.

- Sente que a equipa precisa de novos jogadores de início e de novas ideias?

- Estou sempre a pensar na abordagem do próximo jogo. Mas, honestamente, criámos oportunidades suficientes para marcar mais golos. Nem tudo foi perfeito, mas desperdiçámos muitas chances. Analisamos todos os jogos para fazer as coisas melhor. O próximo jogo será diferente, o Toulouse terá de correr riscos e marcar se quiser passar a eliminatória. Será um jogo mais aberto. Poderemos melhorar, mas fizemos o suficiente para conseguir uma vitória justa.

- Adeptos mostraram insatisfação com a exibição e com as substituições, especialmente com a saída de Arthur Cabral. Considera as críticas dos adeptos justas?

- Tenho de concentrar-me no jogo. Adeptos têm sempre opinião sobre tudo. É normal. Isso não é um problema. Tenho de tomar as decisões que considero serem certas para a equipa. O Arthur esteve bem, mas a determinada altura estava cansado e precisávamos de nova energia no ataque e foi por isso que entrou Marcos [Leonardo], que sofreu o penálti. As substituições foram boas. Bah e Neres também entraram bem.

- Equipa está em quebra exibicional?

- Sentimos sempre dificuldades, especialmente quando jogamos de três em três dias. Viram como estava o campo em Guimarães, há algumas situações que temos de melhorar, mas também tivemos momentos muito bons. Temos sempre de respeitar o adversário, com este calendário, com jogos a cada três dias, é impossível dominar um adversário 90 minutos. Não se vê isso em nenhum estádio na Europa. Há fases que não dominamos e temos de aceitar e saber defender. O Toulouse só teve uma oportunidade. Temos de aceitar que nesta fase da época o adversário também nos pode pressionar. Vi a equipa lutar, nem tudo foi perfeito, mas foi o suficiente para vencer com justiça.