A dupla CR7/Ramos, João Neves, a união no Dragão e o objetivo que... nunca o foi

Martínez queria ver avançados do Al Nassr e PSG juntos de início; médio do Benfica com estreia adiada... para Bósnia; apoio «muito importante» para a vitória; não sofrer golos não é igual a vitórias...

Na conferência pós-jogo, o selecionador nacional, Roberto Martínez, realçou que pretendia ver Gonçalo Ramos a jogar ao lado de Cristiano Ronaldo de início. E gostou do que viu.

«O que o adversário pode fazer é importante para utilizar uma forma de jogo, mas era importante ver Ramos, gostei muito dele com o Luxemburgo, e era bom poder ver a estrutura da nossa equipa com dois pontas de lança. Cristiano e Gonçalo não jogaram nas posições normais, foram posições mais disciplinadas e isso para mim foi mais agradável que os golos que marcaram», salientou.

Sobre a estreia adiada de João Neves, deixou em aberto a possibilidade de dar minutos ao médio do Benfica diante da Bósnia, mas também deu conta que não irá mudar só por mudar depois do objetivo supremo da qualificação ter sido atingido.

«Com a Bósnia é o mesmo, precisamos de tentar refrescar a equipa, mas sem mudanças sem sentido. Neves tem as mesmas possibilidades que qualquer outro jogador, porque fez treino com naturalidade que não é normal para um miúdo», salientou, satisfeito por ter visto todos os jogadores lusos aplaudidos pelas bancadas do Dragão.

«Gostei muito do apoio no Dragão e foi exemplo de como apoiar os jogadores. A Seleção somos todos nós e o sentimento do Dragão foi muito importante, fez a diferença para podermos ganhar o jogo», assentou.

Quase a terminar, assegurou que fazer qualificação sem golos sofridos nunca foi objetivo em cima da mesa.

«Não era o meu objetivo fazer fase de apuramento sem golos sofridos, isso não é normal no futebol, ninguém trabalha para não sofrer golos… depois perdes uma final e ninguém se lembra da equipa que esteve 5 ou 6 jogos sem sofrer golos… Queremos defender bem, é importante, mas somos uma equipa com talento ofensivo muito bom e vamos sofrer [golos], mas podemos marcar mais do que o adversário, é isso. E criar mentalidade ganhadora é importante. Sofrer dois golos… foi bom, não sofrer não era positivo para nós», avaliou.