A crónica: Vitória sofreu para vencer e Arouca ainda estará a sofrer
O V. Guimarães venceu por 2-1 o Arouca, esta segunda-feira, na 17.ª jornada do Campeonato; duelo foi intenso, teve dois golos anulados e uma história entusiasmante
Vitória de Guimarães e Arouca ofereceram um bom espectáculo no jogo que encerrou a 17.ª jornada da Liga. Desde o primeiro minuto que se sentiu que qualquer uma das duas equipas tinha condições para vencer e foi isso que aconteceu, embora quase sempre com um ligeiro sinal mais para o Vitória, na forma agressiva e ofensiva como se lançou ao resultado.
O Vitória entrou bem, forte e com chegada à baliza de Arruabarrena, mas o Arouca marcou golo na primeira vez que criou perigo, aos 8’, por Jason. Nesta fase, melhor do que o anfitrião, o Arouca, com transições rápidas e qualidade, poderia ter aumentado a vantagem — Sylla, isolado, apenas com Varela pela frente, atirou ao lado do poste; Cristo, quase a seguir, de fora da área e em arco, rematou ligeiramente ao lado.
O que se seguiu foi uma avalanche de ataque do V. Guimarães, nem sempre com critério e em certa medida também consentida pelo Arouca, que procurou ter bola e meter gelo no duelo. Mas falhou no plano, porque o Vitória foi crescendo, somou lances perigosos e, finalmente, depois de grande passe de Nuno Santos, Jota Silva empatou no último minuto dos 45.
Segunda parte igualmente com o Vitória a carregar no acelerador e o Arouca a procurar jogar no erro e no espaço, aproveitando a qualidade e velocidade de Cristo e Mujica. E foi assim que, lançado por Jason, Mujica falhou por pouco e que outros dois golos foram marcados, ambos por Cristo, mas anulados por fora de jogo. No intervalo desses lances festejou André Silva, a responder de cabeça a passe de Nuno Santos, que segundos antes pintou um quadro, fintando três adversário antes do passe.
Com o jogo bem aberto, mais cerebral o Arouca e mais coração do Vitória, o resultado manteve-se, com o Vitória de Guimarães a merecer vencer e o Arouca a não merecer perder.