A crónica do Rio Ave-Portimonense: «Feliz de quem ganha assim»
O Rio Ave recebeu e venceu este domingo o Portimonense, por 2-0, em jogo da 16.ª jornada da Liga; viu-se um duelo intenso, muito intenso...
Rio Ave e Portimonense não proporcionaram um jogo espectacular, mas foi muito intenso, do primeiro ao último minuto, e que deu gosto de ver.
As duas equipas chegaram a este duelo pressionadas pelos maus resultados (ambas chegavam com séries de cinco desafios consecutivos sem vitórias) e pela necessidade de fuga aos lugares de despromoção.
As táticas encaixaram uma na outra e, durante a primeira parte, correram-se poucos riscos. À exceção de um remate perigoso do algarvio Gonçalo Costa, que Jhonatan defendeu, não foram criadas mais oportunidades de golo. Mas mesmo assim as equipas jogaram bem, de pé para pé, com inteligência e sem sofreguidão.
Depois do intervalo viu-se mais Rio Ave, próximo de zonas de finalização. Um sinal mais que, ainda assim, nunca foi muito claro, porque o Portimonense ia equilibrando na sensação de perigo, mostrava-se mais forte defensivamente, e foi tendo, também, os seus momentos de domínio num jogo que foi mesmo marcado por grande equilíbrio.
Mas foi, efetivamente, o Rio Ave que começou a mostrar maior acutilância no ataque à profundidade e foi dessa forma que Boateng foi aparecendo com maior frequência, depois de primeiros 45 minutos muito discretos. O avançado, depois de um remate bloqueado a Costinha, emendou para golo, numa altura em que as duas formações novamente se olhavam nos olhos.
A partir desta altura o jogo ficou mais partido, o Portimonense precisou de correr mais riscos (e poderia ter empatado não fossem boas intervenções de Jhonatan) e o Rio Ave, com espaço para fazer transições rápidas no contra-ataque, sentiu-se mais confortável. Luís Freire mexeu bem e mexeu com felicidade: Zé Manuel não só trouxe qualidade ao centro como matou o jogo com o segundo golo.