Rio Ave-Sporting, 0-3 A análise de Duarte Gomes à arbitragem
Trabalho positivo da equipa de arbitragem com nota mais para o VAR
Luís Godinho dirigiu o Rio Ave-Sporting, com Vasco Santos como VAR.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:
3' Aderllan escorregou, introduzindo inadvertidamente a bola na sua baliza. Foi válido inaugural em Vila do Conde.
9' Kiko Bondoso colidiu com o corpo de Gonçalo Inácio, que tinha posição ganha e, apesar de estático, não obstruiu irregularmente o adversário. O contacto foi decorrente da movimentação em velocidade do vilacondense. Lance bem analisado na área do Sporting.
19' Excelente intervenção do vídeo árbitro, a corrigir interpretação incorreta de Luís Godinho: Petrasso, inicialmente em modo defensivo, levou a mão esquerda para fora da zona onde esta se encontrava (atrás das costas), cortando trajetória da bola cruzada por Harder. O gesto do argentino, na direção do esférico, tornou irrelevante o facto do braço estar ao longo do corpo. A infração foi bem sancionada com pontapé de penálti.
28' Diomande agarrou e derrubou Zoabi, anulando saída rápida do israelita. A questão é que o jogador do Rio Ave estava em posição irregular. Duas notas a reter nesta situação: uma é que a primeira sanção deve ser assinalada, como foi (fora de jogo); outra é que não há lugar ao cartão amarelo por tratar-se de uma falta tática (com a jogada invalidada, a falta que a tentava anular deixou de existir). Se estivéssemos a falar de uma entrada negligente ou de qualquer outra ação individual passível de advertência, o árbitro teria que agir disciplinarmente. Bem Luís Godinho na gestão da situação.
43' Diomande expôs-se demasiado, com nova infração (esta mais visível) sobre Zoabi. O central colocou o braço esquerdo em torno do pescoço do adversário, de forma impetuosa e desnecessária. O árbitro entendeu gerir o momento apenas com aviso firme. Na nossa opinião a advertência teria sido a solução mais adequada.
47' Zoabi "devolveu a cortesia" anterior de Diomande, derrubando-o de forma deliberada quando este já não estava de posse de bola. Tecnicamente a infração, antidesportiva, era para advertência. Na prática, gestão uniforme do eborense. São este tipo de lances que levantam a eterna dúvida a quem apita: o que é mais pedagógico? Um aviso firme ou um cartão amarelo? Não há respostas certas. Depende dos lances, depende dos jogos, depende dos jogadores.
52' Fora de jogo assinalado a Harder, que estava em posição irregular mas só tocou na bola quando esta ultrapassou por completo a linha de baliza adversária, tocada por um defensor. A infração só pode ter sido avaliada por "interferência sobre adversários". Não houve parte ativa por jogar a bola, porque essa já não estava em jogo quando foi tocada.
53' Aguilera atingiu o pé de Harder de forma negligente e foi advertido. Decisão correta.
56' Geny Catamo, marcado em cima por Vroussay, caiu na área adversária sem sofrer infração do grego. Lance bem analisado.
56' Zoabi caiu perto da área adversária após tocar no pé de trás de Maxi Araújo, que estava na dobra. Lance sem infração.
79' Petrasso agarrou Harder em ação de marcação sendo pisado de forma aparentemente fortuita quando o adversário rodou. Bem o árbitro.
88' Golo legal de Gyokeres, que estava em posição legal quando Daniel Bragança fez a assistência. Análise acertada do árbitro assistente.
90+1' Maxi Araújo pisou o calcanhar direito de Kiko Bondoso, cometendo infração negligente sobre zona desprotegida do pé do adversário. Faltou a advertência.
90+4' Maxi Araújo correu na direção de Godinho para protestar lance em que até tinha razão (o uruguaio não derrubou Aguilera). A reação intempestiva e demasiado visível do uruguaio valeu-lhe justa advertência. Para refletir e evitar.