87 minutos a olhar para Pavlidis: um golo, insuperável no apoio frontal e demasiado só na área
A BOLA acompanhou todos os movimentos do avançado grego no jogo com o Farense
Vangelis Pavlidis foi uma das figuras do triunfo do Benfica diante do Farense (1-2), na 10.ª jornada da Liga. Depois de ter bisado e assistido diante do Santa Clara na Taça da Liga, o avançado grego esteve em destaque com mais um golo marcado.
No entanto, como foi mesmo a exibição do futebolista? Merece mesmo todos os elogios de Bruno Lage ou tem sido protegido pelo treinador?
A BOLA esteve 87 minutos a olhar para o avançado grego, todos os que esteve em campo, e a tomar nota das suas ações no Estádio Algarve. A ideia que subsiste é que sempre que esteve longe da área tomou muito boas decisões, sobretudo em matéria de apoio frontal, e perto da baliza se sentiu demasiado sozinho, só sendo acionado com as aproximações de Akturkoglu, Aursnes e Di María.
No momento sem bola, a disponibilidade é total e foi importante no saltar à pressão e no incomodar da primeira fase de construção dos algarvios.
Pavlidis diante do Farense (1-2):
1’ – dá o pontapé de saída;
2’ – depois de um mau passe de Pastor, corre para a área, mas Di María, que ficara com a bola, decide-se atirar para baliza, sem problemas para Ricardo Velho;
3’ – recebe a bola ainda no meio-campo do Benfica depois de um passe de Carreras, devolve com acerto para a direita, mas a transição ofensiva perde-se pouco depois;
11’ – recebe de Carreras na área, controla e devolve para cruzamento do espanhol, que acaba por não dar em nada;
12’ – não consegue encaixar a diagonal centro-direita, já na área, com o passe de Di María, que sai atrasado;
13’ – Bah recupera sobre a direita a Paulo Vítor, a bola fica a jeito do seu remate de pé esquerdo, que sai ligeiramente ao lado do poste esquerdo de Ricardo Velho;
18’ – recebe de Florentino, com o Benfica a tentar envolver o bloco baixo farense pela direita, e passa a Aursnes, mas ataque perde-se;
20’ – recebe de Aursnes em posição de fora de jogo;
21’ – ação decisiva no golo: recebe de Aursnes o passe vertical e coloca a bola em Akturkoglu, que sai em velocidade antes de colocar em Carreras, sobre a esquerda, para o empate;
22’ – apoio frontal para Di María, que lhe devolve a bola para contemporizar e dar atrás;
27’ – recebe a bola mais uma vez longe da área, a meio do meio-campo de ataque, e é derrubado;
28’ – é obrigado a dar largura sobre a direita para oferecer essa opção a Di María, recebe a bola, mas o ataque perde-se pouco depois;
33’ – recebe mais um passe na área, agora de Bah, e serve Di María, que remata para Velho defender;
36’ – Di María combina rápido com um toque subtil, orienta receção para o remate de pé esquerdo, defendido sem grande dificuldade por Ricardo Velho;
39’ – Akturkoglu chega à linha final sobre a esquerda e cruza, mas não chega a tempo;
40’ – Di María serve a diagonal centro-direita de Akturkoglu já na área e o turco toca para si, mesmo rodeado por três defesas; aguenta a posse e devolve, mas o tiro do extremo sai por cima;
42’ – faz diagonal centro-esquerda para junto à linha lateral, mas não consegue atacar a baliza, mantendo a posse;
43’ – apoio frontal para Akturkoglu, que, rodeado de adversários, perde a bola.
Intervalo
Bruno Lage troca Bah por Beste; o Benfica deixa o 4x2x3x1 e passa a jogar em 3x4x3: Trubin; Tomás Araújo, Otamendi e Carreras; Aursnes, Florentino, Kokçu e Beste; Di María, Pavlidis e Akturkoglu
48 – em momento defensivo, num canto, não consegue tirar e Moreno cabeceia por cima;
48 – Ricardo Velho nega-lhe o golo, depois de ter dominado e rematado com o pé esquerdo, algo enrolado, na sequência de Beste ganhar de cabeça ao segundo poste após cruzamento; grande defesa;
52 – ganha de cabeça depois de um balão de Otamendi e coloca a bola em Di María, sobre a direita;
54 – GOLO. Kokçu coloca em Di María sobre a direita, que flete para o meio e vê a chegada de Akturkoglu na direção cda zona do primeiro poste. O turco dá de primeira para o lado, para a finalização certeira de Pavlidis.
71 – depois de muito tempo sem tocar na bola, devido à gestão do Benfica, não consegue controlar um passe longo, perdendo a bola para Artur Jorge;
77 - toca três vezes na bola no seu meio-campo em missão defensiva, nem sempre com o destino certo.
78 – mais um toque no seu meio-campo, agora sim a servir bem um companheiro;
79 – recebe de Tomás Araújo e abre com grande acerto para Beste, sobre a esquerda;
81 – recebe, no seu meio-campo, um lançamento lateral de Carreras e dá com acerto em Kokçu;
82 – perde no ar contra dois jogadores do Farense;
87 – Aursnes cruza demasiado largo e o grego não se consegue fazer à jogada;
87 – poucos segundos de mais um momento de pressão – disponibilidade do primeiro ao último minuto em campo – sobre um adversário é substituído por Arthur Cabral.