40 anos e 254 dias, os números da imortalidade no golo de Pepe
Pepe no FC Porto-Antuérpia.
Foto: IMAGO

40 anos e 254 dias, os números da imortalidade no golo de Pepe

NACIONAL08.11.202309:36

Central do FC Porto passa a ser o jogador mais velho a marcar um golo num jogo da Liga dos Campeões. Antuérpia fica na história do capitão, que na Bélgica passou a ser o jogador de campo com mais idade. Golo para a mãe

«O mais velho a marcar na Champions? É o Pepe, né?». Na pergunta o rasgado sorriso do central do FC Porto e da Seleção de Portugal que ontem se tornou imortal. Os números dessa imortalidade são: 40 anos e 254 dias, que fazem dele o mais velho a marcar num jogo da Liga dos Campeões, ultrapassando nomes grandes do futebol mundial, como Totti (Roma), Giggs (Manchester United) ou Luka Modric (Real Madrid).

O Antuérpia fica definitivamente marcado na história de Pepe e do futebol português, já que no jogo da Bélgica, da terceira jornada deste Grupo H, o internacional português tinha batido outro recorde: o mais velho jogador de campo a ser utilizado na Liga dos Campeões, então com 40 anos e 241. Ontem, no Dragão, não só ampliou este recorde, como se tornou, então no futebolista mais velho a marcar. Um momento que lhe arrancou frase onde o orgulho é bem evidente.

«Dia especial para mim, a minha mãe faz anos e disse-lhe que ia tentar marcar ou oferecer vitória, por vezes sacrificamos a família para chegar a esta idade a jogar a este nível, mas as minhas filhas sabem que sou feliz», afirmou no final da partida do Dragão, que deixa o FC Porto em situação confortável para chegar à próxima fase e com a derrota do Barcelona frente ao Shakhtar com a possibilidade de terminar a primeira fase na primeira posição.

O que falta realizar a alguém que tem feito no futebol o que ainda ninguém tinha alcançado? Pepe responde à campeão: «A minha trajetória tem sido incrível. Quando era um menino sonhava ser jogador, jogar num estádio cheio e fazer o que mais amo. O que me falta? Continuar com esta estrelinha que tenho dentro de mim. Falta muito pouco para terminar, mas o pouco que falta vou tentar dar sempre o melhor para honrar o FC Porto.»

Como vai Pepe celebrar este feito? Com festa, para abrir uma exceção.

«Não sou muito de festejar, às vezes até tenho medo de festejar, não gosto, mas é especial, a minha mãe faz anos e, estou há muitos anos longe dos meus pais», afirmou o central.

O que deixa Pepe ao futebol além deste números que o tornam imortal na história do futebol?

«Sou o que sou e procuro defender o meu prato de comida a cada hora, a cada minuto, a cada segundo. Por vezes falho, como qualquer ser humano, mas respeito sempre os meus companheiros e adversários.»