Benfica em busca do objetivo mínimo
Roger Schmidt projetou jogo com o Famalicão (Foto: Spada/LaPresse/IMAGO)

Benfica em busca do objetivo mínimo

NACIONAL25.04.202418:55

Vitória frente ao SC Braga garante Champions via pré-eliminatórias (ou direto, via Leverkusen); só por uma vez teve quatro presenças seguidas; ninguém quer ficar de fora do novo formato

A conquista do campeonato é apenas uma hipótese académica, a equipa foi afastada da Champions, Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga, mas a águia tem um objetivo mínimo em mente: a qualificação para a Liga dos Campeões (por via das pré-eliminatórias), que pode ficar assegurada amanhã.

Se vencer o SC Braga, na Luz, os encarnados garantem pelo menos o segundo lugar, o que permitirá ao clube entrar na terceira pré-eliminatória de acesso à Champions — estando ainda aberta a possibilidade de presença direta caso o Leverkusen vença a Liga Europa porque, dos quatro semifinalistas, é o único que já carimbou a estadia na próxima edição da Liga dos Campeões por ter conquistado a Bundesliga, na Alemanha, o que abriria vaga para o clube com melhor ranking dos que estão (ou estarão) assegurados nas pré-eliminatórias — precisamente o Benfica.

10 anos seguidos

Por uma via ou por outra, se os encarnados atingirem a meta, será apenas a segunda vez na história que conseguem quatro presenças consecutivas na fase de grupos (que a partir de agora já não se vai chamar assim) da Champions.

O melhor período ocorreu entre 2010 e 2020, quando o Benfica conseguiu estar 10 vezes seguidas na principal competição de clubes, coincidindo com a primeira passagem de Jorge Jesus (2009 a 2015) e seguido do percurso de Rui Vitória (2015 a 2019) e Bruno Lage (2019 a 2020). 

Antes disso, o melhor registo do género dera-se nas temporadas 2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008, também marcadas por acessos através de pré-eliminatórias. Olhando para o passado mais recente, o Benfica vem de três participações consecutivas (2021/2022, 2022/2023 e 2023/2024).

Mais receitas indiretas

A acrescentar a isto há ainda o aliciante extra: o novo formato da Liga dos Campeões, que deixará de ter grupos, passando a uma única liga de 36 equipas, em que cada uma fará oito jogos frente a adversários diferentes (mediante sorteio), ou seja, mais dois que os da fase de grupos tradicional. Segundo a UEFA, este modelo trará ainda mais impacto para os participantes, proporcionando maiores receitas indiretas (que não os prémios, que não devem mudar muito face ao que tem vindo a ser praticado), motivo pelo qual ninguém pretende ficar de fora.

A mensagem para dentro e para fora não vai variar muito disto: ainda há muito em jogo nas quatro jornadas que faltam da Liga 2023/2024, numa edição em que as águias ainda poderão fazer 85 pontos, a terceira melhor pontuação de sempre do clube, menos dois do que a do título conquistado na temporada passada, sob o comando de Schmidt.