Melhor marcador da equipa com sete golos em 11 jogos, arranque de época mais concretizador da carreira, executante preferencial de penáltis e um sucessor de Grimaldo nos golos de livre direto. Di María está a mostrar, no regresso ao Benfica, níveis de protagonismo para que não haja dúvidas: ele é a estrela das águias e assim pretende continuar. O golo marcado na terça-feira frente ao Arouca, foi uma espécie de marco: há cinco anos que não fazia mais de um golo de livre direto na mesma temporada. O remate em arco, ao poste mais próximo de Thiago Rodrigues (suplente de Arruabarrena, que já esteve na órbita das águias), foi o segundo em 2023/2024, depois de tê-lo feito frente ao Vizela, praticamente da mesma zona e também num disparo pelo lado de fora da barreira. A última vez que somou vários golos de livre na mesma temporada foi em 2018/2019, ao serviço do PSG, quando contabilizou quatro, o primeiro deles na Supertaça de França frente ao Mónaco, tendo aberto o marcador. Saiu uma referência A cadência de golos vem preencher um vazio criado pela saída de Grimaldo. O espanhol era o marcador de livres dos encarnados e foi na época passada, com Roger Schmidt, que o lateral mais vezes teve sucesso nestes lances, tendo apontado quatro golos num total de nove em oito temporadas na Luz, superando o total de Simão Sabrosa (oito). O técnico germânico ainda não encontrou um substituto direto para o lugar do lateral-esquerdo, mas pelo menos a arte de atirar à baliza tendo uma linha de homens pela frente já tem uma nova referência. Golos decisivos Outro aspeto relacionado com o presente registo goleador de Di María é o timing: quatro dos sete golos abriram o marcador. Foi assim nos dois clássicos com o FC Porto (no jogo do campeonato fez mesmo o único da partida), no triunfo por 3-2 diante do Gil Vicente e na vitória em Arouca (2-0). Além de fantasista, o argentino tem sido um guia.