“Relevância e relação das marcas com o padel” esteve em discussão na Expo Padel World
Englobado na Expo Padel World, feira internacional inteiramente dedicada ao padel que, durante dois dias, tornou a Sala Tejo do MEO Arena como o local onde profissionais e adeptos de padel se juntaram para conhecerem as últimas tendências e novidades da modalidade, realizou-se o Padel Summit, evento que contou com mesas-redondas, debates e palestras durante o evento. Entre eles, destacou-se um summit dedicado à “Relevância e relação das marcas com o padel”, que teve a participação de representantes de grandes marcas.
Promovido pela A Bola Padel Corporate League, competição organizada pela CS Solutions, a conferência teve como primeira interlocutora Maria José Patrício, gestora de Relações Públicas e Eventos da Lactogal, que começou por explicar a estratégia da marca. “Nas parcerias, há algo que nos caracteriza: são parcerias de longo prazo. Nós, enquanto empresa apreendemos com os parceiros e eles também apreendem connosco. É dessa relação que vai sair um valor acrescentado maior”, realçou.
Maria José Patrício disse ainda que a Lactogal acredita ter um “papel importante na democratização” do padel, um “desporto que hoje á praticado em todas as cidades”. Recordando a ligação ao atletismo e que “no centro de alto rendimento, na altura da covid”, a Lactogal ajudou a fazer “chegar os produtos aos atletas que ficaram retidos no Algarve”, algo que “só é possível quando há relações de longo prazo”, a gestora afirmou que no padel a empresa procura “fazer a mesma coisa”, apoiando “alguns clubes que têm uma vertente social e solidária associada”.
Já Miguel Gouveia de Brito, CEO da Trueclinic, lembrou que a empresa está “desde os seus primórdios muito ligada ao desporto e ao alto rendimento”. “Apesar de ser um gestor de saúde e de ter no grupo várias atividades ligadas à saúde e ao bem-estar, a Trueclinic começou com o desporto.”
Com uma forte ligação ao futebol – “A Trueclinic é parceira dos grandes players, como a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de Portugal” -, a empresa ligada à gestão da área da saúde “vê o padel focada em dois pontos: é sem dúvida o desporto em maior crescimento em Portugal; por outro lado, a Trueclinic tem como grande ponto o lado social. Ou seja, a responsabilidade social e a responsabilidade pelo bem-estar”.
Assim, uma vez que “o padel ajuda a promover” a “saúde, o desporto, a atividade física, o companheirismo e a cooperação”, Miguel Gouveia de Brito considera que a Trueclinic encontra “na parceria com o padel tudo isso”.
Vendo o “padel como um desporto em alto crescimento”, Rodrigo Cordeiro, Country Head da Capgemini Engineering, detalha que dos colaboradores da empresa, “90% têm ensino superior e a média de idades situa-se entre os 25 e os 50 anos”, sendo esse “o público-alvo que joga padel”.
“Na Capgemini temos vários clubes em que se partilha os mesmos gostos e o clube de padel existe e já tem cerca de 150 atletas. O padel tem uma importância grande na Capgemini. Estarmos num evento corporativo tem dois grandes objetivos: estarmos com clientes nossos e deixar pessoas que fazem parte da organização participar. Faz o feed perfeito”, aponta Rodrigo Cordeiro.
Diretor da Ignit, Marco Aguiar diz que no padel, “é fator diferenciador e influenciador, o seu potencial para team building”. “O padel é o desporto ideal para fortalecer o espírito de equipa através de torneios ou de competições externas. Claramente melhora a comunicação, promove um ambiente de trabalho mais unido e corporativo e, atualmente, é talvez a atividade de maior consenso quando tentamos montar uma atividade de team building”.
Na opinião do diretor da Ignit, o padel é, por isso, “uma boa escolha estratégica para uma empresa que procure um ambiente de trabalho saudável, com atração e retenção de talentos, para além de aumentar a visibilidade e a reputação no mercado”.
Finalmente, Filipa Roque, managing partner da Spark, empresa ligado ao agenciamento de jogadores, refere que na sua área, “um dos principais desafios está na ligação, na comunicação e no fazer acontecer”. “Na ligação entre a marca e o jogador. Há marcas que já tentaram – e que têm patrocínios com os jogadores -, e uns correm melhor, outros não correm tão bem”.
Como “os jogadores não têm experiência suficiente para contactarem com as empresas” e devem estar “focados na sua performance, no seu treino, no seu desenvolvimento enquanto profissional de padel e também pessoal”, a Spark faz “a ponte entre as empresas, entre as marcas e os jogadores”. “Do lado do jogador, fazemos um acompanhamento, um suporte profissional e de comunicação. O principal desafio é garantir que a marca está bem acompanhada e que o jogador executa o que é acordado”, finalizou Filipa Roque.