Foram várias as homenagens do futebol ao Papa Francisco (Foto: IMAGO)
Foram várias as homenagens do futebol ao Papa Francisco (Foto: IMAGO)

O dia em que o Papa Francisco recebeu páginas históricas de A BOLA

Há 10 anos deparava-se com a reportagem feita em 1947 sobre a passagem do seu San Lorenzo por Portugal

Foi há 10 anos que o Papa Francisco recebeu algumas páginas de um exemplar de A BOLA de 1947 sobre os jogos que o San Lorenzo, o seu clube de sempre, fizeram em Portugal. A jornalista da Rádio Renascença, Aura Miguel, preparava-se para fazer uma entrevista ao líder da Igreja Católica e levou consigo várias recordações de Portugal, incluindo a reportagem sobre a qualidade do futebol praticado pela equipa argentina. Recordamos, na íntegra o texto publicado a 25 de maio de 2015:

Papa Francisco com a jornalista Aura Miguel e as páginas antigas de 1947 de A BOLA

O papa Francisco recebeu das mãos da jornalista Aura Miguel várias recordações relativas a Portugal e, concretamente, ao momento histórico em que a equipa de futebol do San Lorenzo visitou o nosso país para disputar duas partidas (depois de passagem por Espanha onde venceu a seleção roja por 6-1): uma no Porto, frente ao FC Porto, outra em Lisboa, diante de um misto composto por jogadores de Benfica, Sporting e Belenenses.

A oferta foi feita aquando da realização de uma entrevista exclusiva à Rádio Renascença, na qual o líder da Igreja Católica reforçou a intenção de visitar Portugal em 2017, por ocasião do centenário das aparições marianas em Fátima. Conhecedora da paixão futebolística do papa pelo San Lorenzo, a jornalista quis dar-lhe a conhecer um dos momentos que consagraram o seu clube como o mais poderoso do Mundo, à época.

A primeira paragem em Portugal foi a 31 de janeiro de 1947, com uma goleada 9-4 sobre o FC Porto e dois dias depois, no Estádio Nacional, deu-se nova goleada (10-4) sobre um misto composto por jogadores dos três clubes da capital. Nas páginas de A BOLA que o papa recebeu, Ribeiro dos Reis falava de uma «orquestra afinadíssima» e relatava o que poderia ser uma primeira versão do tiki-taka: «Dribles num palmo de terreno, passes repetidos para trás e para os lados, extenuando os adversários, tantas as voltas que obrigavam a dar. Basta! Basta! Basta! Dá vontade de gritar aos malabaristas de circo que são os jogadores argentinos!». Desta equipa, Ribeiro dos Reis, um dos fundadores do nosso jornal, dizia ainda ser um «ciclone argentino».

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