Fernando Medina constituído arguido no processo 'Tutti-Frutti'
Ex-ministro das Finanças é suspeito de ter cometido o crime de prevaricação quando era presidente da Câmara Municipal de Lisboa
O deputado do PS e ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, foi constituído arguido no processo Tutti Frutti por suspeita de crime de prevaricação, quando ainda era presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
«Tive conhecimento nos últimos dias, através de comunicação da Assembleia da República, que o Ministério Público solicita a minha audição, na qualidade de arguido, no âmbito do inquérito conhecido como processo ‘Tutti Frutti'», disse Medina, numa nota à comunicação social.
«Em causa está a atribuição alegadamente indevida, por mim, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 23 de março de 2017, de um apoio financeiro no valor de duzentos mil euros - a realizar em dois anos - à XV - Associação Amigos do Rugby de Belém, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo», explicou o ex-ministro das Finanças.
O atual deputado do PS negou ter cometido qualquer ilegalidade, e sublinhou que, apesar de já terem decorrido mais de sete anos desde o início do inquérito e de se ter manifestado disponível para prestar declarações, «o Ministério Público em nenhum momento considerou relevante» ouvi-lo.
A operação Tutti Frutti investiga, desde 2018, alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, existindo suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.