‘Cândido, o espião que veio do futebol’

É o mais recente filme de Jorge Paixão da Costa (autor de obras como O Mistério da Estrada de Sintra, Soldado Milhões, A Ferreirinha, A Crónica dos Bons Malandros, e Lúcia – A Guardiã do Segredo). Inspirado na atribulada vida de Cândido de Oliveira, conta a história do telegrafista, jornalista, seleccionador nacional, ex-jogador de futebol… e espião que ajudou os Aliados na luta contra os Nazis durante a 2.ª Guerra Mundial.

O filme, realizado por Jorge Paixão da Costa, que conta a história do jogador, treinador, selecionador, lutador anti-fascista, telegrafista, cofundador (com Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo) do jornal A BOLA e do Casa Pia e cujo nome deu origem à Supertaça Cândido de Oliveira, centrado na espionagem com que ajudou os Aliados na luta contra os Nazis durante a II Guerra Mundial. O filme, produzido pela Ukbar Filmes, tem estreia marcada para 9 de maio. O papel de Cândido de Oliveira é desempenhado por Tomás Alves, conhecido ator português de séries televisivas, telenovelas e telefilmes, ao lado de diversos atores portugueses de igual renome.

A trama centra-se na Lisboa de 1941. Cândido de Oliveira trabalha nos telégrafos e correios, edita a Revista Stadium e lidera a Seleção Nacional, quando os ingleses lhe dão a missão de montar a Operação PAX contra a invasão alemã. Entre jogos de futebol, mensagens codificadas, encontros secretos e uma polícia política que não dá tréguas, Cândido terá que defender os seus ideais, enquanto protege os que lhe são mais próximos, além de lutar pela liberdade para defender o seu amor pelo futebol.

‘Cândido, o espião que veio do futebol’, guia-nos por um labirinto de política, intriga e espionagem ao serviço das potências beligerantes, dando a conhecer o outro lado do homem que deu nome à Supertaça do desporto mais popular em Portugal, como dará a conhecer os meandros da propaganda da época e a batalha ideológica pela alma e pelo coração dos portugueses que marcaram os anos 40 do nosso país. A 1 de março de 1942, a rede foi desmantelada e Cândido de Oliveira foi preso em Caxias, interrogado e, posteriormente enviado para o Tarrafal, onde ficou durante 18 meses. A sua estadia inspirou-o na escrita do livro Pantano da Morte, aquando o regresso a Portugal.

As palavras de Jorge Paixão da Costa

O realizador Jorge Paixão da Costa adianta mais dados sobre o filme: «Lisboa nos anos 40 é acordada, do seu estado pacífico à beira Tejo, pela Segunda Guerra Mundial. Refugiados invadem as suas ruas e, pouco habituada aos meandros da espionagem internacional, vê-se de repente palco das movimentações de espiões internacionais ao serviço das várias potências, abanando os seus alicerces e dando origem a acontecimentos, até aí, impensáveis. Do Rossio à Praça de São Paulo, Lisboa está no xadrez internacional da espionagem. Inspirámo-nos na rede Shell e na fulgurante vida de Cândido de Oliveira, acima de tudo, enquanto cidadão ativo na luta antifascista e antirregime, para, em conjunto com a sua posição fulcral enquanto jornalista e treinador de futebol, guiar-nos por um labirinto de política, intriga e espionagem ao serviço das potências beligerantes. Não só vamos dar a conhecer o outro lado do homem que deu nome à supertaça do desporto mais popular em Portugal, como vamos dar a conhecer os meandros da propaganda da época e a batalha ideológica pela alma e pelo coração dos portugueses que marcaram os anos 40 do nosso país.»

O elenco

Tomás Alves (Salgueiro Maia – O Implicado) é Cândido, liderando um elenco de luxo, que conta com a participação de Teresa Tavares (Cavalos de Corrida), Carloto Cotta (A Semente do Mal) e Jorge Corrula (A Lista), entre outros. O filme é produzido pela Ukbar Filmes, responsável pelos recentes sucessos Amadeo, Contado Por Mulheres, Operação Maré Negra, A Espia e Rabo de Peixe. Filmado em Set-Out de 2023, o filme conta com a consultoria desportiva e histórica de João Nuno Coelho; o apoio financeiro do ICA, PIC Portugal, RTP e o apoio da CM de Lisboa; e tem distribuição da NOS Audiovisuais, com estreia marcada para 9 de Maio de 2024.

Tomás Alves

Jorge Corrula

Teresa Tavares

Carloto Cotta

David Medeiros

Filipe Vargas

Miguel Borges

Tiago Aldeia

Margarida Moreira

Mariana Monteiro

João Didelet

Francisco Froes

Eva Tecedeiro

Lourenço Ortigão

Frederico Amaral

Ukbar Filmes

Fundada em 2009 por Pandora da Cunha Telles e Pablo Iraola, a Ukbar Filmes produziu cerca de 80 produções cinematográficas/audiovisuais tais como Florbela, A Arte de Morrer Longe ou A Mãe é que Sabe. As coproduções da Ukbar passaram por alguns dos principais festivais internacionais como O Homem Que Matou D. Quixote (Cannes 2018), Joaquim e Vazante (Berlim 2017), Comboio de Sal e Açúcar (Locarno 2016) e Gaza Mon Amour (Veneza e TIFF 2020). Nos últimos cinco anos, apostou fortemente nas séries: Soldado Milhões, A Espia e Crónica dos Bons Malandros conseguiram audiências ímpares na ficção nacional da RTP. Em 2022, estreou Super Natural (Berlinale, vencedor do Prémio FIPRESCI da secção Forum), a primeira série luso-espanhola com a Amazon Prime Video, Operação Maré Negra (T1-T3), e a série de telefilmes, Contado por Mulheres. Em 2023, estreia a curta-metragem Shrooms (TIFF 2023), a longa-metragem Amadeo (o quinto filme português mais visto do ano), e a segunda série portuguesa produzida para a Netflix, Rabo de Peixe, que se revelou um êxito a nível mundial, alcançando o top 10 em mais de 30 países, e assegurando já a segunda temporada, atualmente em produção.